Economia

BNA defende estratégias para o sector da Agricultura

Regina Handa e Massoxi Paxe

Jornalistas

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, defendeu sexta-feira em Luanda, a necessidade de se formularem estratégias para o fomento do sector agrícola, estimulando o seu crescimento para atender a procura nacional e garantir a segurança alimentar.

09/12/2023  Última atualização 09H35
Painelistas apresentaram soluções específicas para o desenvolvimento do sector de seguro © Fotografia por: Luis Damião | Edições Novembro
O responsável teceu essas considerações no Fórum Banca e Seguros, organizada pela Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO).

Segundo o governante, para o BNA, é importante o crescimento sustentável do sector produtivo no seu todo, mais especialmente no sector agrícola para garantir uma maior oferta de alimentos.

Assegurou que o crescimento do sector agrícola, poderá concorrer para facilitação da operacionalização da missão principal do BNA, que consiste em garantir a estabilidade de preços na economia, tendo em vista a preservação do valor da moeda nacional.

Por isso, diz ser imprescindível reconhecer que o impulso do sector agrícola passa pela potenciação de crédito à economia que deve facilitar aos agricultores o acesso a recursos excedentárias depositados nos bancos comerciais para  modernizar a sua actividade e aumentar a produtividade e  a competitividade.

"Destaco alguns casos de sucesso decorrentes da implementação do aviso 10 do BNA que permitiu ao sector da agricultura beneficiar de forma crescente de crédito, no quadro da promoção da diversificação da economia real angolana e por essa via reduzir a excessiva dependência da importação de bens e serviços e contribuir para a sustentabilidade das contas externas do país", Disse Manuel Tiago Dias.

Avançou  que o número de concessões de crédito ao sector agrícola passou de 216 créditos desembolsados em 2020 avaliados em 154 mil milhões de kwanzas, para 377 concedidos até Outubro de 2023 correspondendo a cerca de 550 mil milhões de kwanzas, "o que sinaliza que este tem tido um impacto significativo do crédito destinado ao sector real da economia".

Disse que o peso do sector agrícola no total do stock de crédito à economia passou de 6,26 por cento em 2020, para 8,6 por cento em 2022 e quanto ao seu peso na estrutura do PIB passou de 7,8 por cento em 2020 para 9 por cento em 2022.

Por sua vez, o Presidente da Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO), João Joaquim João, disse que o Fórum tem como objectivo discutir de forma aberta sobre o futuro e soluções da banca e do seguro para o sector agrícola.

Segundo o responsável, a AJECO apoia qualquer tipo de iniciativa em prol do Crédito Agrícola e dos Seguros, que servirá para uma melhoria substancial e será um importante ponto de partida para a mudança de paradigma, relativamente a este seguro tão sensível para as seguradoras nacionais.

João Joaquim destacou ainda, que AJECO  apoiou a assinatura recente do acordo de parceria entre o Ministério das Finanças e o Internacional Finance Corporation (IFC), entidade do Banco Mundial, que visa desenvolver um projecto ligado ao seguro agrícola no país, cujo beneficiário directo é a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).

O acordo, segundo disse, permitirá também desenvolver a capacidade do mercado de seguros para aplicar a análise de risco climático.

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