Economia

Bloco 17 produz mais 40 mil barris por dia

A produção do Bloco 17 é elevada em 40 mil barris de petróleo por dia (bpd), para 420 mil bpd a partir de meados de 2022, com o arranque, ontem, do poço Zinia Fase 2, ligado à Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Descarrgamento (FPSO) Pazflor, anunciaram a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a Total.

07/05/2021  Última atualização 12H55
Total declara que o arranque do poço revela o elevado grau de retorno dos projectos no país © Fotografia por: DR
Em nota de imprensa enviada, ontem, à nossa Redacção, a concessionária de hidrocarbonetos e a operadora do Bloco 17 disseram que o Zinia Fase 2 é parte de um projecto de perfuração de nove poços, estando localizado em águas profundas de 600 a 1200 metros e a cerca de 150 quilómetros da costa marítima angolana, com recursos estimados em 65 milhões de barris de petróleo.O desenvolvimento do projecto foi feito dentro de um cronograma estabelecido, com custos de investimento mais de 10 por cento abaixo do orçamento, representando uma economia de 150 milhões de dólares.As operações realizadas correspondem a mais de três  milhões de horas de trabalho, dois milhões das quais realizadas em Angola, sem qualquer incidente, indica a nota.

O presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, é citado a considerar o Zinia Fase 2 "um projecto-chave para Angola que chega na altura certa para sustentar a produção do país”, vincando a importância da parceria com a Total Angola e outras implantadas no Bloco17, "porque em conjunto connosco continuam a investir no desenvolvimento dos recursos petrolíferos do país”.O presidente para África, da Total Exploração e Produção, Nicolas Terraz, sublinha, na nota, que o "o arranque com sucesso deste projecto, apesar dos desafios da pandemia, demonstra o compromisso da Total em garantir uma produção sustentável no Bloco 17, para o qual a licença de produção foi recentemente prorrogada até 2045. O projecto Zinia Fase 2 reflecte a qualidade dos projectos de ciclo curto em Angola, com elevado retorno do investimento.”

O Bloco 17 é operado pela Total com uma participação de 38 por cento, juntamente com a Equinor (22,16), ExxonMobil (19), BP Exploration Angola Ltd (15,84) e Sonangol P&P (5,0). O Grupo Empreiteiro opera quatro FPSOs nas principais áreas de produção do Bloco, nomeadamente Girassol, Dália, Pazflor e CLOV.Em Outubro, um Decreto Presidencial estabeleceu a Estratégia de Exploração de Hidrocarbonetos de Angola 2020-2025, instituindo a mobilização 867 milhões de dólares em investimentos, repartidos em 679 milhões para a aquisição de dados geofísicos na modalidade multicliente, e 188 milhões para estudos com recurso à dotação orçamental da ANPG.O documento preconiza um impacto desses investimentos na reversão do declínio produção nacional de crude, com a identificação de oportunidades nas proximidades das instalações de produção e dentro das áreas de desenvolvimento, bem como de descobertas marginais, a médio e longo prazos.

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