Na estreia de Bodunha no comando técnico da equipa, os tricolores não deixaram os créditos em mãos alheias. E, tal como já se previa, o domínio territorial da contenda pertenceu ao Petro de Luanda. Contribuiu para a forte avalanche ofensiva a boa organização do meio-campo, com o habitual trio intermédio Picas, Job e Manguxi a empurrarem a equipa para frente.
O Cuando Cubango a jogar no Bié, mas na condição de anfitrião, teve alguns períodos de "sobrevivência" no jogo, mas foi sol de pouca duração. O triunfo dos tricolores foi uma consequência natural da acção demolidora do seu ataque, que teve em Tiago Azulão a unidade mais incómoda na baliza adversária.

Acrescenta-se, ainda o facto de a turma de Menongue demorar muito a entrar no jogo. Ficou vários períodos a apostar em jogadas longas de contra-ataque e tentou apanhar em contra-pé a defesa dos tricolores. A estratégia solicitou as intervenções de Cely e Coxi.
Incapaz de reter a bola mais tempo em sua posse, a aposta em jogadas de profundidade não resultou ao Cuando Cubango por causa da forte muralha defensiva instalada pelo Petro. O sector mais recuado não proporcionou espaços ao adversário. Enquanto isso, o ataque deliberado foi a principal arma utilizada pela equipa às ordens de Bodunha para chegar à baliza contrária, feito conseguido em duas ocasiões por Tiago Azulão, o "suspeito do costume. O primeiro, no período inicial do jogo, resultante de uma jogada de belo efeito aos 44 minutos e o segundo na outra parte.

A vitória do Petro de Luanda nunca chegou a inspirar cuidados. Os tricolores foram sublimes na abordagem ao jogo. A circulação da bola em toda a largura do relvado foi evidente. Nos minutos derradeiros, os tricolores limitaram-se a gerir a bola até ao apito final.


Progresso agudiza crise no Desportivo
A décima terceira jornada do Girabola'2020/2021 fica marcada com a demissão de André Makanga do comando técnico do Desportivo da Huíla na sequência da quarta derrota, desta feita averbada frente ao Progresso Sambizanga. Dax, aos 42 minutos, fez o único golo que agudizou a crise há muito já instalada no balneário dos militares huilanos.
Na deslocação ao Huambo, a Académica viu-se incapaz de manter a senda dos triunfos e consentiu derrota (1-0). Apesar da boa postura ofensiva evidenciada no decorrer de quase todo o jogo, os estudantes foram incapazes de traduzir em golo as poucas oportunidades que dispôs. O golo do conjunto às ordens de Agostinho Tramagal surgiu ainda na primeira parte, aos 27 minutos, por intermédio do imprevisível Jackson.

Sagrada Esperança e Re-creativo da Caála "dividiram o mal pelas aldeias" ao empatarem (1-1) no Estádio do Dundo. Depor, pelos caalenses, e Celso, pelos diamantíferos, rubricaram os golos que ditaram o resultado, aos 42 e 61 minutos, respectivamente.
O Bravos do Maquis redimiu-se da derrota sofrida na jornada anterior ao derrotar em casa o Wiliete de Benguela por 2-1. Os maquisardes foram os primeiros a marcar por Zico, aos 40 minutos, mas Quinho empatou, aos 47 minutos.  E quando se pensava que a igualdade seria o resultado final, Benarfa, aos 90 minutos, garantiu os três pontos do conjunto de Zeca Amaral, que dedicou a vitória ao presidente Manuel Quitadica "Docas", pelo aniversário festejado ontem.

A presente jornada, recorde-se, foi aberta sábado com o empate (0-0) entre o Recreativo do Libolo e o Interclube, em Calulo, e a vitória (2-1) da Baixa de Cassanje no embate frente à Santa Rita de Cássia. A ronda encerra hoje, segunda-feira, com a recepção do 1º de Agosto ao Sporting de Cabinda, no Estádio 11 de  Novembro.
De resto, as equipas da Santa Rita de Cássia e do Sporting de Cabinda foram sancionadas pelo Conselho de Disciplina da FAF com falta de comparência em virtude de falharem os jogos diante do Bravos do Maquis (11ª jornada) e Académica do Lobito (12ª).