O Banco de Fomento Angola (BFA) prevê um novo agravamento dos juros no primeiro semestre do próximo ano, depois do aumento de 100 pontos base decidido sobre a taxa básica, para 18 por cento, na terça-feira da semana passada.
O endurecimento da política monetária previsto pelo BFA dá-se no contexto da contenção da inflação, a qual o banco estima que encerre o ano de 2024 em 24 por cento, devendo "ainda perdurar por longo período".
"O objectivo de inflação de um dígito voltará a não ser atingido pelo menos nos próximos dois anos", escrevem os analistas do banco numa nota enviada aos investidores, insistindo em que a inflação não baixa para menos de dois dígitos até 2025.
"Para 2024, a nossa perspectiva é de que a inflação continue acima dos 20 por cento, acelerando durante parte do ano antes de voltar a abrandar", de acordo com a análise que aponta, na origem da escalada da inflação, a possibilidade de alguma depreciação cambial, mais movimentos de remoção dos subsídios aos combustíveis e custos de energia mais altos.
Para os economistas do BFA, é de esperar um aumento das taxas de juro, não só as de referência, mas também as interbancárias, as do crédito a clientes e os juros da dívida pública.
"A decisão do Comité de Política Monetária na última reunião é um prelúdio desse movimento", aponta-se na nota informativa, que salienta que "as taxas de juros dos prazos mais longos no mercado interbancário já começaram a subir e inverteram a tendência perto de meados de Outubro".
Na reunião do Comité de Política Monetária (CPM) em que elevou a taxa básica de juro, o BNA reviu em alta a projecção de inflação para o ano em curso, para 19,5 por cento.
Com taxa básica, o BNA elevou as taxas da facilidade de cedência e de absorção de liquidez 17,5 e 13,5 para 18,5 e 17,5 por cento, respectivamente.
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