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Benguela e Lobito implementam recolha de resíduos porta-a-porta

Arão Martins / Benguela

Jornalista

Um novo modelo de recolha de lixo porta-a-porta, nos centros urbanos e bairros periféricos das cidades de Benguela e do Lobito, está a ser implementado, desde sábado, pelo Governo Provincial, que, numa primeira fase, fez a distribuição de mais de 50 motorizadas contentorizadas de três rodas.

18/03/2024  Última atualização 08H27
Um dos beneficiários de uma das 50 motorizadas recebe satisfeito a chave das mãos do governador provincial, Luís Nunes © Fotografia por: Arão Martins | Edições Novembro

As primeiras 50 motorizadas foram entregues, sexta-feira, pelo governador provincial de Benguela, Luís Nunes, às administrações municipais de Benguela e do Lobito, que, por sua vez, as vão distribuir às cooperativas de recolha de lixo. 

Além de residências, a recolha de lixo porta-a-porta abrange estabelecimentos de ensino, comércio/restauração, hotéis, cafés e similares.

Segundo Luís Nunes, o projecto, além de tornar as cidades mais limpas, visa criar postos de trabalho para jovens.

O governador de Benguela apelou à população no sentido de colaborar para que as cidades se tornem cada vez mais limpas.

De acordo com o governante, as cidades limpas atraem turistas e contribuem para a arrecadação de receitas para os cofres do Estado.

Em todas as obras em curso, no âmbito das Infra-estruturas Integradas, garantiu, vai se introduzir o novo modelo de recolha de lixo.

"Vamos começar a retirar os contentores de lixo nas ruas, porque estão a contribuir para o aumento dos resíduos sólidos no chão”, disse, acrescentando que o objectivo do novo modelo é proporcionar mais higiene e saúde.

O governador provincial de Benguela deu a conhecer que, além das motorizadas, a recolha de lixo vai ser feita, também, com camiões basculantes.

Luís Nunes esclareceu que o fornecedor dos equipamentos garante manutenção durante seis meses, cabendo os períodos subsequentes às administrações municipais.

"Estamos sempre a introduzir contentores novos e, mesmo assim, o lixo continua a ser depositado em locais impróprios. Pensamos que, com a criação do novo modelo, vai se melhorar o saneamento básico das cidades”, sublinhou, acrescentando que o processo vai ser abrangente a todos os municípios.

 
Integrar o munícipe

A directora do Gabinete Provincial do Ambiente, Gestão de Resíduos Sólidos e Serviços Comunitários disse que o novo modelo prevê a integração do munícipe na gestão de resíduos.

Marisa Kinzimba esclareceu  que já estão em funcionamento, nas duas cidades, os ecopontos, estando, também, em curso, campanhas de sensibilização da população, no sentido de separar, por exemplo, o plástico e o vidro.

Mensalmente, acrescentou, as cidades de Benguela e do Lobito recolhem entre seis e nove mil toneladas de lixo. "Em média, nas maiores cidades, como  Catumbela, Cubal e Baía-Farta, são recolhidas, por mês, entre oito a nove toneladas de lixo, o que representa apenas 50 por cento”.

Ao referir-se ao saneamento nas duas principais cidades (Benguela e Lobito), a responsável disse que há melhorias significativas. "As autoridades estão empenhadas na melhoria da qualidade de vida dos munícipes”, disse.

 
Reacção dos administradores municipais

A administradora municipal de Benguela, Paula Marisa, informou que, no período experimental, a recolha de lixo porta-a-porta vai ser feita nas principais avenidas, três vezes por semana, devendo a população pagar 800 kwanzas ou mil/1.500 caso queira aumentar os dias de recolha.

Por sua vez, o administrador municipal do Lobito, Evaristo Calopa Mário, disse que a recolha e tratamento de lixo é onerosa e nem sempre há recursos, por isso os munícipes devem comparticipar, visando a melhoria do saneamento básico.

Segundo Evaristo Calopa Mário, foi feito um estudo que fez com que a Administração Municipal propusesse que as residências pagassem entre 800 e 1.500 kwanzas, cabendo às micro, pequenas, médias e grandes empresas 2.500 a dez mil kwanzas.

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