Política

Benguela: Deputados querem mais algodão para indústria têxtil

A coordenadora do Grupo de Deputados da Assembleia Nacional do Círculo Provincial de Benguela, Deolinda Valiangula, defende uma aposta forte e séria na produção de algodão, de modo a revitalizar a indústria têxtil nacional, gerando mais empregos e renda.

01/04/2024  Última atualização 06H49
Os parlamentares constataram as obras em curso na província © Fotografia por: DR

Deolinda Valiangula encabeçou uma comitiva de deputados residentes em Benguela na visita da última semana, à fábrica têxtil Textaf, avaliada em 420 milhões de dólares, cuja gestão está, desde 2021, sob a responsabilidade da empresa zimbabweana Baobab Cotton Group.

Segundo o resumo de ontem da Angop, a unidade necessita de 1.300 toneladas métricas de fibra de algodão por mês e a Baobab Cotton Grupo tem, na forja, um projecto de relançamento da produção de algodão, que prevê criar oportunidades para mais de mil pequenos agricultores.

Além disso, a Baobab Cotton Group pretende implementar infra-estruturas e equipamentos agrícolas em três locais distintos, identificados nas províncias de Malanje, Cuanza-Norte e Cuanza-Sul, para relançar a produção de algodão e garantir a sustentabilidade da indústria têxtil nacional.

Para a deputada do MPLA, sem a auto-suficiência na produção de algodão, uma grande infra-estrutura como a Textaf fica, cada vez mais, dependente do exterior. Perante este cenário, Deolinda Valiangula insistiu na necessidade de se trabalhar muito na produção desta matéria-prima, ainda importada da África do Sul e de outros países.

A responsável vê no relançamento da produção de algodão a via mais rápida para facilitar a actividade da indústria têxtil: "É um compromisso de todos os angolanos que esta fábrica produza os resultados esperados”.

 
Empregabilidade

No capítulo da empregabilidade, a deputada manifestou a satisfação por a direcção-geral da Textaf ter contratado mais 260 jovens que já assinaram os contratos de trabalho.

Segundo Deolinda Valiangula, os jovens recém-admitidos vão, agora, juntar-se aos 440 funcionários já existentes para imprimirem uma maior dinâmica a esta fábrica, que ainda não está a trabalhar a 100 por cento.

"À medida que contratam mais jovens, a fábrica vai trabalhar cada vez mais”, frisou a parlamentar, para quem Angola precisa de gerar emprego, porque o índice de desemprego ainda é assustador, por um lado.

Por outro a deputada do MPLA reconhece a evolução do parque industrial da província de Benguela, sobretudo, com a dinamização do Corredor do Lobito.

Sobre a visita dos deputados, o director-geral da Textaf, Vidal Bazanine, enalteceu o contacto com os parlamentares e salientou que a unidade fabril regista uma evolução, não obstante a importação do algodão.

"Havendo necessidade, faremos nova importação (…), mas o que tem sido discutido e incentivado é a produção interna”, rematou o gestor, citado, ontem, pela Angop. Durante a última semana, os deputados da Assembleia Nacional residentes na província de Benguela, também, visitaram as obras de construção da Infra-Estrutura Administrativa e Autárquica da Catumbela.

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