Lá diz o velho adágio popular: depois da tempestade vem a bonança.
A ligação fluvial entre o município do Soyo, província do Zaire, e o município de Cabinda, cujo terminal, localizado no bairro Resistência, vai ser inaugurado pelo Presidente da República, João Lourenço, representa o virar de uma página há muito aguardada.
Há muito que as populações em todo o país ansiavam por uma realidade como a actual, por via da qual vai ser possível ligar os dois pontos do país. A circulação de pessoas e bens fica melhor servida com a efectivação desta ligação fluvial, um facto social de grande relevância que evita muitas situações menos boas.
Sabemos todos que por força da situação anterior, em que o único elo de ligação era a via aérea, muitas famílias ficavam condicionadas na sua mobilidade entre Cabinda e, pelo menos, as duas províncias mais próximas, nomeadamente Zaire e Uíge, por um lado.
E por outro, mais preocupante, ainda pelo facto da referida realidade, anterior ao cenário actual, milhares de famílias tinham que recorrer aos países vizinhos para situações que, em condições normais, resolveriam dentro do território nacional. Independentemente da realidade geográfica dos países é salutar que as suas localidades estejam ligadas sob todas as vias, com a regularidade, acessibilidade e funcionalidade que permite alguma simetria no processo de redistribuição das riquezas, crescimento económico e desenvolvimento equilibrado.
Não será exagero dizer que as ligações fluviais que se iniciam agora afiguram-se também como um tónico ao processo de unidade nacional, na medida em que aproxima mais as pessoas, encurta distâncias e impacta na componente económica e comercial.
Em Cabinda, onde o Presidente João Lourenço cumpre uma visita de trabalho, vai inaugurar-se o Hospital Geral de Cabinda, na localidade de Chibodo II, a 13 quilómetros a nordeste desta cidade, que, segundo o testemunho das autoridades e das populações, vai permitir uma mudança significativa na vida dos habitantes. A ida aos países vizinhos, ainda de acordo com as vozes ouvidas pelo Jornal de Angola, para tratamento médico, em muitos casos, poderá deixar de fazer sentido com a entrada em funcionamento da referida unidade hospitalar.
Esperemos que essa realidade se efective, ao lado de outras que levem as populações a deslocarem-se para os países vizinhos, por necessidades que podem ser satisfeitas no território nacional, sem prejuízo para as outras razões de deslocação.
Acreditamos que as palavras do governador, Marcos Nhunga, ao caracterizar o que mudou nos últimos cinco anos, espelham bem quando questionado que província o Presidente João Lourenço iria encontrar. "O Senhor Presidente vai encontrar uma província diferente de 2017, com a sua população muito mais alegre, muito limpa melhor saneada e com muita iluminação em todas as sedes dos municípios. Uma província com uma saúde melhorada, uma província que tem o problema da água a ser resolvido, com a educação a ter o registo de um aumento exponencial de salas de aula, enfim, uma província que alegra os cidadãos angolanos que habitam nessa parcela do território nacional”, disse o governador.
Bem haja Cabinda!
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