Caminhava como habitualmente, lutando por manter a saúde apesar da exposição à multidimensional insalubridade a que a sua caminhada o expunha diariamente.
Na altura em que escrevo essa crónica e o momento em que os leitores poderão lê-la, muita coisa poderá ter acontecido.
É um hiato de tempo relativamente curto, mas em que poderão
agigantar-se eventos verdadeiramente impactantes. O principal deles, prende-se
à segunda volta das eleições presidenciais em França onde, apesar de algumas
incertezas, tenho plena convicção de que Emanuel Macron será reeleito,
derrotando mais uma vez a sua concorrente Le Pen, fazendo prevalecer toda a
racionalidade do eleitorado francês, não obstante o apelo da extrema-direita.
De resto, são os eleitores da direita e da extrema-esquerda que ditarão o
desfecho imprevisível destas eleições.
Enquanto isso, a contenda
entre a Rússia e a Ucrânia, esta última com o suporte cada vez mais declarado
da União Europeia e dos Estados Unidos, prossegue, intensificando-se combates
em algumas regiões, especialmente no Leste, estando em causa regiões como Donbass e Mariupol, o que também coloca
sérias incertezas quanto ao futuro próximo de paz naquela região, com impactos
económicos e políticos em diversas outras geografias.
Enquanto isso, estamos a
viver um momento particular da governação do Presidente João Lourenço que
começa agora a apresentar alguns resultados do árduo trabalho desenvolvido nos
últimos anos. O primeiro deles tem a ver com a recuperação económica, pois
foram anos sucessivos de recessão, com a dívida pública a entrar numa linha
perigosíssima e impondo sérias reformas do lado fiscal, com uma consolidação
orçamental que nos permitiu adoptar medidas seriamente restritivas da despesa
pública. Não obstante isso, o Governo comportou-se como un bon élève (bom
aluno, como diriam os nossos amigos franceses).
Aposta do investimento
público concentrou-se naquilo que é extremamente necessário. Foram ou estão a
ser construídos novos hospitais, foram ou estão a ser construídas novas
escolas, foram ou estão a ser reabilitadas as principais estradas nacionais,
destacando-se aqui a Estrada Nacional 630, no troço Malange – Saurimo. A
reabilitação da Cabotagem de Cabinda a Luanda passando pelo Soyo é um
importante projecto económico e social não apenas para aquela região, que terá
um impacto brutal para todo o país, permitindo que mais pessoas e mercadorias
possam circular a partir desses pontos.
Mas se a corrupção e o
combate à pobreza são bandeiras importantes, não podemos deixar de prestar uma
atenção muito particular aos jovens e às mulheres. Seja por causa da sua relevância
político-eleitoral, mas principalmente em termos demográficos na medida em que
todos sabemos o peso que estes grupos representam na nossa pirâmide etária. Por
isso, defendo a urgência da aposta em políticas de fortalecimento ao apoio que
é prestado aos jovens, destacando de forma muito particular a formação
técnico-profissional.
Eu sou um fã dos Centros de
Formação Profissional, especialmente os CINFOTEC que deveríamos ter espalhados
por todo o país, tal como as escolas médias agrícolas pois são áreas sobre as
quais conseguimos dar competências às pessoas e ao mesmo tempo gerar emprego e
auto-emprego, o que permite gerar renda, retirar a larga massa da juventude
perdida na ociosidade do álcool ou ainda do subemprego.
Se já não podemos retroceder
na política de formação superior, podemos ao menos, como fazem os nórdicos, os
alemães e os franceses assumir que nem todos precisamos de ir à universidade e
que não basta ser licenciado (no nosso caso com uma qualidade duvidosa) para
poder auferir boa remuneração e um nível de vida condigno. Quantos soldadores a
indústria petrolífera continua a importar? Quantos electricistas as empresas de
construção civil e obras continuam a importar? E estes são apenas alguns
exemplos.
Por outro lado, é importante que tenhamos uma formação cívica, cultural e religiosa mais acutilante estimulando o planeamento familiar de modo a controlarmos as taxas de fecundidade e assim termos as pessoas, neste caso particular, as mulheres a contribuírem de forma mais incisiva e proactiva, não apenas na informalidade, como hoje se assiste.
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