"Esta banda já tem uma estrada considerável e tem levado para todo o país e em várias casas culturais os ritmos da nossa musicalidade”, disse, realçando que nesta penúltima edição do ano do projecto, a Banda vai apresentar uma diversidade de temas musicais do seu vasto reportório. "A cadência rítmica do semba, suavizada na construção melódica contemporânea, vai marcar as diversas fases de uma das melhores bandas da história da nossa música”.

"Trajectória” é um projecto que visa a valorização dos artistas enquanto entidade promotora da identidade cultural e agente activo da divulgação da memória colectiva dos angolanos.

Fundada em 1993, a Banda Maravilha é uma das herdeiras mais próximas do histórico conjunto "Merengues”, assumindo uma malha eclética de sonoridade onde ressoam as suas mais profundas composições.

Considerada como uma das formações musicais mais profissionais da actualidade, os seus membros transformaram-se em mensageiros de uma vertente muito peculiar do semba, prolongando um exercício que conjuga uma base rítmica da angolanidade, aliada a uma forma moderna de conviver com o baixo eléctrico, teclado e bateria, instrumentos diferenciados para estrutura tradicional do semba.

A criatividade é evidente na forma de tocar da Banda Maravilha e, exploram diversas matrizes do semba, como a cazucuta e cabetula, inovando com acuidade, o que de melhor regista o passado musical angolano.

Tudo começou no ano de 1993, com Carlitos Vieira Dias, (guitarra), Moreira Filho (guitarra), Joãozinho Morgado (tumbas) e Kinito Trindade (baixo), a primeira selecção de músicos residentes do espaço Tambarino, em Luanda, formação que viria a dar corpo a actual Banda Maravilha.