De acordo com Jerónimo Belo, organizador do concerto, o evento constitui ainda um tributo a uma grande figura da música angolana que foi e é Ruy Mingas, falecido no início deste ano.

E na vertente "Jazz para levar para casa”, referiu, propõe uma interessante brochura intitulada "Mês, Maio, Miles”, uma homenagem a Miles Davis, que nasceu a 25 de Maio e se tornou e continua a ser um dos mais consagrados mitos desse género musical.

Jerónimo Belo assegurou que Dimbo Makiesse, prestigiado pianista e líder, e outros não menos prestigiados instrumentistas e vocalistas da Banda Luanda Jazz All Stars, demonstrarão, uma vez mais, que em Angola se faz Jazz de qualidade.

Com o evento, disse, ganham o Jazz, África e Angola, e faz-se jus à memória dos escravos africanos levados para a América e que estiveram na base desse som que, porque encanta e federa, hoje não conhece fronteiras.

"Ganham os Jazz Lovers de Luanda que testemunharem como esse som mais do que secular, que é o Jazz, está cada vez mais e melhor de volta ao continente africano, de cujo ADN rítmico Nova Orleães o teceu”, afirmou.

Depois do concerto, músicos, plateia e bastidores reúnem-se no pátio da Casa das Artes para pôr a conversa em dia à volta de uma mesa acompanhada com kitutes africanos, voltando depois para casa.

O amantes deste estilo musical terão a possibilidade de apreciar o Jazz feito em Luanda ao vivo, que silenciará bem no peito dos artistas, técnicos e público.

"O passaporte para essa vivência das emoções do Jazz ao vivo” – diz-nos Jerónimo Belo, sob cuja batuta o evento está a ser organizado – "é de custo acessível”.