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Banco de Desenvolvimento dedica 10 biliões de dólares para fazer de África o celeiro do mundo

Grupo Banco Africano de Desenvolvimento dedicará dez bilhões de dólares nos próximos cinco anos para ajudar o continente africano a erradicar a fome e se tornar o principal fornecedor de alimentos para si e para o resto do mundo, anunciou o presidente do grupo, Akinwumi Adesina, na quarta-feira.

28/01/2023  Última atualização 09H29
© Fotografia por: DR

De acordo com o La Presse, Adesina, citado num comunicado de imprensa divulgado, quinta-feira, pelo Banco Africano, convocou cerca de 34 Chefes de Estado e 70 ministros africanos na cúpula alimentar africana de Dakar 2, que decorreu de 25 a 27 de Janeiro, em Diamniadio, a Leste da capital senegalesa , Dakar, para desenvolver pactos para garantir a transformação da alimentação e da agricultura em grande escala em toda a África.

O presidente do BAD pediu,também, uma acção colectiva para liberar o potencial agrícola do continente e torná-lo um "celeiro do mundo”.

Mais de 283 milhões de africanos passam fome diariamente, disse, considerando-o de "inaceitável”, instando os líderes a transformar a vontade política em acção decisiva para garantir a segurança alimentar de África.

Por seu lado, o Presidente da República do Senegal, Macky Sall, que é, também, o actual Presidente da União Africana, sublinhou a importância do aumento da área de terras cultivadas e do acesso ao mercado para potenciar o comércio transfronteiriço.

A cúpula de Dakar 2, com o tema "Alimentando  África: Soberania Alimentar e Resiliência”,  decorreu no contexto de interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela pandemia da Covid-19, mudanças climáticas e invasão da Ucrânia pela Rússia. Mais de mil delegados e dignitários compareceram, incluindo o Presidente da Irlanda, Michael D. Higgins.

O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, disse que a cúpula de Dakar é oportuna e fornecerá soluções inovadoras para ajudar África a se tornar menos dependente das importações de alimentos, apelando aos países-membros para trabalharem juntos dentro das estruturas existentes, como a Agenda 2063 e a Área de Livre Comércio Continental Africana , para uma transformação sustentável.

Na sua mensagem à Cimeira, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, reconheceu que África enfrenta, actualmente, os desafios das alterações climáticas e da insegurança alimentar, recordando os efeitos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, incluindo o aumento dos preços dos fertilizantes.

A este respeito, sublinhou o apoio da ONU para ajudar a África a tornar-se "uma potência alimentar mundial”.

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