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Autoridades suecas preocupadas com a segurança após queima do Alcorão

O Serviço de Segurança da Suécia (SAPO) afirmou, quarta-feira, que existe actualmente uma deterioração do clima de segurança tanto internamente, dentro do país escandinavo, como fora das suas fronteiras, devido aos recentes incidentes da queima do Alcorão.

27/07/2023  Última atualização 08H45
Queima do livro sagrado causou a ira dos muçulmanos © Fotografia por: DR

"O Serviço de Segurança sueco afirmou recentemente que as manifestações em que as escrituras sagradas são profanadas, e as reacções subsequentes, podem ter um efeito indutor de ameaça. Na nossa avaliação, esse curso dos eventos piorou a situação de segurança”, disse a agência em comunicado à imprensa.

"As acções realizadas, e as campanhas de desinformação já em curso, afectaram a imagem da Suécia de um país de tolerância a um país hostil ao Islão e aos muçulmanos, um país onde os ataques contra muçulmanos são sancionados pelo Estado e onde crianças muçulmanas podem ser sequestradas por serviços sociais”, acrescentou. "Como um todo, isso pode aumentar a ameaça representada por indivíduos no ambiente islâmico violento”, alertou a agência de segurança.

O SAPO avançou que a partir de agora vai avaliar o nível de ameaça terrorista em três, numa escala de cinco pontos. A 28 de Junho, Salwan Momika, um imigrante iraquiano de 37 anos, rasgou páginas do Alcorão e ateou fogo na Praça Medborgarplatsen, no centro de Estocolmo, numa manifestação que havia sido pré-autorizada pela Polícia.

De acordo com o serviço de segurança sueco, a manifestação ocorreu num dia em que muçulmanos de todo o mundo celebravam o Eid al-Adha, um dos principais feriados religiosos do Islão. Essa acção provocou uma reacção dura em todo o mundo islâmico, especialmente nos países árabes. Duas semanas depois, as autoridades suecas emitiram uma autorização para uma manifestação semelhante, a 20 de Julho, em Estocolmo. Desta vez, Momika chutou o livro sagrado, mas não o queimou. A embaixada sueca em Bagdad foi atacada por manifestantes, enquanto o Governo iraquiano expulsou o embaixador sueco declarando-o "persona non grata”.

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