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A escassez de sinalização rodoviária vertical e horizontal, a falta de cedência de prioridade entre automobilistas e o atravessar imprudente dos peões têm causado muitos acidentes e atropelamentos, apurou, este sábado, na cidade do Huambo, a reportagem do Jornal de Angola.
Da ronda efectuada, centenas de automobilistas e peões descreveram que tem sido difícil circular pelas artérias da cidade.
O munícipe Nelson Manuel disse que a reduzida sinalização na cidade do Huambo é uma situação preocupante, sobretudo por causa de algumas crianças, cujas escolas estão próximas de estradas.
"Há escassez de sinalização rodoviária. Muitas vias não têm. As passadeiras estão a desaparecer. A via de São Pedro também é muito perigosa para as crianças, por não ter espaços para estas atravessarem”, lamentou.
Nelson Manuel pede que se coloquem pedonais e defende o aumento de semáforos em alguns pontos da cidade, para acabar com a dificuldade de locomoção existente no município.
O citadino sugere ainda que se criem brigadas móveis permanentes junto das escolas para que, no horário matinal e no período da tarde, ajudem as crianças a atravessar as ruas.
"As crianças são as mais afectadas pela falta de sinalização. Pela manhã, vejo crianças a atravessarem sozinhas as ruas, porém, se houvesse uma brigada móvel em cada escola para ajudar na travessia se evitariam muitos atropelamentos”, disse.
Já a munícipe Domingas Neves lamentou o facto de não ser feita a renovação da pintura e a reposição dos sinais verticais e horizontais em alguns pontos da cidade. "A escassez de sinalização rodoviária é um risco. Há pessoas que não dão conta da falta da mesma. Por isso, a pintura dos pavimentos deve ser renovada para evitar acidentes fatais”, realçou.
A munícipe reiterou ser mais seguro atravessar pelas passadeiras, acrescentando que, infelizmente, muitas não estão sinalizadas, e a tendência da população é atravessar em qualquer sítio e os carros aí não têm como parar imediatamente.
Defendido reforço da fiscalização
O superintendente-chefe Martinho Kavita Satito disse que o trabalho da Polícia Nacional é de fiscalização e tem sido realizado sempre que a situação se impõe. O também director provincial de Imprensa da Delegação do Ministério do Interior (MININT) no Huambo reiterou que a tarefa da corporação é de manter a segurança e ordem na via pública.
"Quanto à falta de sinalização, estamos a trabalhar no policiamento de proximidade, há trabalhos que se realizam todos os dias pelos 11 municípios da província e as forças policiais têm-se desdobrado para proteger estudantes e professores”, acrescentou.
O oficial da Polícia Nacional no Huambo disse, também, que está a ser feito um trabalho de sensibilização junto dos professores e estudantes sobre a necessidade dos mesmos participarem da sua segurança. Por isso, frisou que as escolas não precisam de ter, de forma permanente, agentes da Polícia para que as crianças se sintam à vontade.
"Quando ocorrem situações pontuais, os professores ou os próprios alunos devem ligar para o número de emergência 111, reportar a ocorrência e nós fazemos as diligências com base no problema. Todos são chamados a manter a ordem na via pública, de forma a termos uma segurança efectiva”, assegurou Martinho Kavita Satito.
Já o mototaxista Félix Manuel falou dos problemas que vive na via e pede que se fiscalizem mais os condutores de motorizadas. "A falta de prudência por parte de alguns automobilistas é que causa esses acidentes que estamos a ver. Deve-se reforçar, por isso, a sinalização e fiscalizar as carteiras e licenças dos condutores”, comentou.
Por seu turno, o taxista Herculano Lopes disse que a colocação de uma ponte aérea junto da Estação de São Pedro vai diminuir os atropelamentos. "Temos tido desentendimentos no trânsito por causa da falta de sinalização. Os conflitos são resolvidos em esquadras e às vezes são solucionados por via do diálogo”, acrescentou.
É importante lembrar que as placas de trânsito servem para orientar as regras de tráfego, bem como informar sobre as condições da via e alertar sobre proibições, restrições e obrigações no uso do local, entre outras funções. Porém, a sinalização rodoviária no município-sede do Huambo não tem cumprido com a sua função, visto que a mesma se encontra em mau estado de conservação e há muito que não é reposta.
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