Opinião

Aumento das exportações

Ao contrário das importações, as exportações beneficiam o país, pois promovem a movimentação monetária e contribuem para o crescimento industrial, gerando emprego e renda.

16/11/2023  Última atualização 06H05
O petróleo, ainda, continua a ser o principal produto de exportação de Angola. Entretanto, com vista a ter diferentes fontes de arrecadação de receitas, o Executivo leva a cabo um ambicioso programa de diversificação da economia, em que o aumento das exportações é um dos objectivos. Neste âmbito, foi aprovado, em 2020, o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), para acelerar a diversificação da produção nacional e geração de riqueza, num conjunto de produções com maior potencial de geração de valor de exportação e substituição de importações.

Os benefícios já começam a ser sentidos. No ano passado, por exemplo, as exportações de Angola para a República Democrática do Congo (RDC) cresceram de 46 para mais de 100 milhões de dólares, embora as importações também tivessem aumentado de 2,5 milhões para 10 milhões de dólares.

Os dados apresentados, na segunda-feira, pelo ministro do Comércio e Indústria, Rui Minguês, demonstram que as trocas comerciais entre os dois países vizinhos são salutares, apesar de, neste momento, a balança comercial favorecer a parte angolana.

As trocas podem, ainda, ser mais intensas, pelo facto de os Governos dos dois países terem concordado, naquele mesmo dia, em facilitar a concessão de vistos aos operadores económicos nos postos fronteiriços, como parte do processo de implementação dos acordos comerciais existentes. O compromisso foi assumido no 2º Fórum Económico Angola-RDC, realizado em Luanda, com a participação de mais de 200 investidores e decisores.

Os Governos de Angola e da RDC concordaram, igualmente, em melhorar a competitividade  das indústrias locais em ambos os países e tomar as medidas necessárias para proteger as indústrias emergentes; realização de operações conjuntas de fiscalização e controlo da fronteira comum, devendo, para o efeito, ter-se em conta o limite territorial de cada país para combater a fraude nas importações e exportações nas fronteiras.

À semelhança do que se estabeleceu com a RDC, acreditamos que Angola tem todas as condições para, num futuro não tão distante, partir, também, para as acções do género com outros países vizinhos, aumentando, de igual modo, as exportações. Isso deverá ser ainda mais viável, com as oportunidades que devem ser oferecidas pelo Corredor do Lobito.

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