No primeiro momento interpretaram temas como "Passeio da Kalimba”, "Grito do Ungo”, "Kazukuta da Maria Rita”, "Santa Maria”, "Kilapanga Carpe Díem” e "Diálogo Puita Mukindo”. Mereceram aplausos do público ao lembrar "Amor da Massemba”, "Linguagens Híbridas”, "Olhar das Dikanzas”, "Amanhã”, "Os Griotes”, "Memórias e Vivências” e "Ngitabulé Mana ngandala ku ia ku samba kuna”.

O projecto "Fragmentos”, apresentado pelo Grupo Nguami Maka, de acordo com Jorge Mulumba, é um conceito que começa e não se sabe quando termina, "sendo que tem coisas já acabadas e outras por acabar, ou seja, um produto muito longe daquilo que é habitual na mú-sica tradicional”.

"Nós aqui trazemos uma visão da relevância dos instrumentos e o instrumentista, onde se tem em conta a intimidade e onde o improviso segue uma ordem que respira nuances Jazzísticos, do ponto de vista da concepção deste trabalho", diz Jorge Mulumba.

O pesquisador e mentor do conceito continua e diz que "a outra parte é a aula aplicada pela função da história e dos nomes próprios que eles têm da oralidade, a ciência dentro desta viagem em fragmentos. "O ‘Fragmentos’ é um conceito que começamos e não sabemos quando vamos acabar”, sublinhou.

O encerramento

Para amanhã, dia do encerramento do Festival Balumuka, foi convidada Patrícia Faria e a abertura fica a cargo do Coral Kimakietu, projecto de formação artística infantil da Casa de Cultura do Rangel, coordenada pela cantora. No cartaz constam ainda os Jovens de Caculama, Malambas do Lombe, Kudimuena Kota, Adietu, Kamba Dya Muenhu e Kumbilixia. Neste dia, as duas oficinas criativas de hungu estarão sob a responsabilidade de Jorge Mulumba, mentor do projecto.

O Festival Balumuka-Baluarte da Música Angolana, um evento dedicado a música de raiz angolana, visa a valorização dos artistas e instrumentos que marcam esta corrente cultural.