Em reacção ao atentado ocorrido domingo, através de um comunicado, o Parlamento angolano repudia todo e qualquer ataque que coloque em risco a integridade da democracia representativa dos Estados Democráticos e encoraja o povo turco, as instituições do Estado, em especial os deputados, à contínua defesa da ordem institucional.

"A Assembleia Nacional de Angola tomou conhecimento, com manifesta preocupação, a ocorrência de um atentado, considerado terrorista, ocorrido em Ancara, junto da sede do Parlamento turco, num dia previsto para a abertura de mais uma sessão legislativa do Parlamento da Turquia”, lê-se no documento assinado pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira.

No comunicado, a líder parlamentar refere que as duas congéneres mantêm laços frutíferos de cooperação inter-parlamentar fundados por boas relações de amizade e de troca de experiências em prol da consolidação do Estado Democrático de Direito e da preservação, promoção da paz e da justiça, bem como da estabilidade de instituições fortes e democráticas.

Segundo o ministro da Administração Interna turco, Ali Yerlikaya, em causa está um ataque à bomba, perpetrado por dois "terroristas”. Nas redes sociais, Ali Yerlikaya disse que o ataque foi realizado com recurso a um veículo ligeiro armadilhado.

De acordo com as informações, um dos atacantes morreu na explosão e o outro foi "neutralizado” pelas autoridades locais.

Ancara, capital da Turquia, já sofreu vários atentados, em particular em 2015 e 2016, muitos deles reivindicados pelo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) ou pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Ainda sobre este particular, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, citado pela imprensa internacional, afirmou, ontem, que os terroristas "nunca alcançarão os seus objectivos”, após um atentado perto do Parlamento, em Ancara, que deixou dois agentes da Polícia feridos.

O atentado suicida abalou o centro da capital turca poucas horas antes da abertura da nova sessão parlamentar, que deve validar a entrada da Suécia na OTAN.  O Parlamento decidiu prosseguir com a agenda "sem alterações”, informou o porta-voz do Legislativo.

O Ministério do Interior informou que dois polícias ficaram feridos no ataque executado por "dois terroristas”. Um deles "detonou a carga explosiva que carregava e o outro foi neutralizado”.

A vida dos agentes está fora de perigo, segundo as autoridades governamentais. A área do ataque, que não foi reivindicado, abriga vários ministérios e o Parlamento.

"Dois terroristas chegaram num veículo às 9h30 na porta de entrada da Direcção-Geral de Segurança do Ministério do Interior e executaram um atentado com bomba”, afirmou o ministro do Interior, Ali Yerlikaya.