O ministro da Cultura e Turismo enalteceu, esta segunda-feira, "o relevante trabalho desenvolvido por alguns dos nossos grupos teatrais", que do pouco continuam a fazer muito, em prol do teatro no país.
Augusto Cahacaya e António Paulino, acompanhados pelo Conjunto Os Kiezos, animam, amanhã, mais uma edição do projecto “Almoço em Família”, na Praça da Unidade Africana, no bairro Miramar, em Luanda.
Asdrúbal da Silva Rebelo frequentou em 1975 um curso de Cinema e Televisão, orientado pelos franceses Bruno Moel, Antoine Bonfanti e Marcel Trillat, técnicos da Unicité. Frequentou o terceiro ano da Faculdade de Cinema, da Universidade Carolina, Checoslováquia, em 1983 e 1984.
Em 1974, quando entra para a TPA, a Cenografia foi a sua primeira arte, sendo cenógrafo de profissão, depois foi operador de câmara de vídeo, e dedicou-se, também, à montagem.
Consta da primeira geração de realizadores angolanos (1975-1985), e que continua no activo, à semelhança de Óscar Gil, que começou como operador de câmara de televisão, tendo optado, mais tarde, para a realização, na década de 1990.
Asdrúbal Rebelo pertence à geração que assumiu um papel semelhante dos agentes políticos, durante toda a produção cinematográfica antes e depois da proclamação da Independência Nacional: fazer cinema histórico e com cariz ou conteúdo nacionalista.
A homenagem, nesta quarta edição do Fesc-Kianda, é merecedora, pois é dos poucos que, apesar das dificuldades, da época actual, está disponível a trabalhar, quer para a Televisão Pública de Angola, quer para o cinema, em particular, em prol do desenvolvimento da sétima arte em Angola.
Membro fundador da Associação Angolana de Profissionais de Cinema e Audiovisual (APROCIMA), em que exerceu a função de presidente da Direcção, as obras cinematográficas de Asdrúbal Rebelo demonstram a sua preocupação com as questões sociais à volta das crianças quer as que participaram na segunda Luta Armada de Libertação Nacional, quer as que viviam nas ruas de Luanda, sem deixar de abordar temas de natureza artística e cultural. Podemos constatar nos filmes "Velhos Tempos, Novos Tempos”, "Filhos da Rua” e "Vento de Esperança”, "Valeu”, e a série documental, "Viajar Angola”, sobre turismo e património histórico e cultural, constituem os mais recentes trabalhos de realização de autoria de Asdrúbal Rebelo, emitidos pela Televisão Pública de Angola, tendo emitidos 9 episódios sobre a província do Bengo, 5 que retratam o Huambo, 4 de Benguela e igual número que espelham as potencialidades do Bié.
Em "Viajar Angola”, o realizador combina ficção com documentário, em que a narrativa é conduzida, geralmente, por personagens nascidas nas províncias em que se desenrolam as histórias.
"Nós Somos”, uma série documental sobre os 40 anos da proclamação da Independência Nacional, também marcou, recentemente, o percurso do cineasta, assim como o documentário "Valeu” (2015), uma sequência de "A luta continua” (1979).
Do conjunto da sua filmografia constam ainda "Nascidos na Luta”, "O Balão”, "Vento de Esperança”, "Filhos da rua”, "Levanta, Voa e Vamos”, "Velhos Tempos, Novos Tempos”, "Museus”, "Escrever a Vida”, "Nós é di mar”, este dois últimos produzidos em Cabo Verde.
Pela sua trajectória denuncia ser o cineasta angolano mais internacional, cujo percurso está marcado pela passagem por vários países de expressão portuguesa, além de Cuba, onde trabalhou na Secção Infantil da televisão cubana, em 1976. Passou pela Cinécita, na Itália, em 1982, e na AB-FilmTechnic, na Suécia, em 1979, país onde teve uma Menção Honrosa pelo filme "Nascido na Luta”.
Em 1990, numa altura em que Cabo Verde se preparava para as eleições presidenciais, não hesitou ao receber o convite para ser o responsável pela imagem do Movimento para a Democracia (MPD) e do seu candidato às eleições, Mascarenhas Monteiro. Ainda em Cabo Verde, foi director do Gabinete de Informação e Relações Públicas da Câmara da Praia.
Em Portugal, trabalhou na
produtora Arvitec, entre 1995 e 1999, tendo a oportunidade de produzir
documentários sobre a EXPO-98. Em 1997 teve um contrato com a produtora
portuguesa Tino Navarro Produções (MGM), para a escrita do argumento do filme
"Ngila Yetu”.
Prémios
Globo de Prata para o documentário "Levanta, Voa e Vamos”, em 1988, no Festival de Aveiro, em Portugal. Em 1990 é atribuído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) o prémio de melhor documentário para "Escrever a Vida” e Menção Especial do júri para "Ilha a Ilha”, na Mostra Atlântica da Televisão dos Açores, além do prémio "Açor de Prata”, na Mostra Atlântica, com "Nós é di mar”, em 1991. Asdrúbal Rebelo participou no Festival Mundial da Juventude e Estudantes em Cuba, 1978, e na Semana do Cinema Angolano, na Bulgária, 1981.
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