Opinião

As relações entre Angola e Espanha

Angola e o Reino de Espanha estabeleceram relações a partir de 1987, com a assinatura de um Acordo Geral de Cooperação, em Maio daquele ano, reforçado, em Novembro do mesmo ano, com o Acordo Complementar.

07/02/2023  Última atualização 06H00

De lá para cá, a cooperação entre os dois países tem-se intensificado no sector empresarial, com a presença de empresas espanholas em Angola. São mais de 60 companhias a operar no país em distintos sectores.

Na Construção, por exemplo, destaca-se a empresa que ergueu os hospitais de Menongue (Cuando Cubango), Cuito (Bié) e a que está a finalizar as obras do Hospital Geral de Ondjiva (Cunene). No sector do Ensino Superior, a Universidade Internacional do Kwanza instalou-se na cidade do Cuito, com licenciaturas nas Engenharias, Ciências da Saúde, Ciências Sociais e Humanas  (com destaque para o Direito e Jornalismo) e Ciências da Educação.

Nos Transportes, a Espanha está a financiar a reconstrução do troço ferroviário Zenza-Cacuso, que liga a província de Malanje, além do projecto de controlo do espaço aéreo. No sector da Defesa, está a construir e a entrega está para breve três aeronaves Airbus do modelo C-295 para controlo e vigilância marítima.

Com estas e outras acções, facilmente se pode concluir que as relações entre Angola e Espanha são muito boas.

Mas como também defendeu o Presidente João Lourenço ao diário ibérico ABC, no âmbito da visita que o Rei de Espanha efectua, desde ontem, a Angola, estas relações "podem ser ainda melhores”, até porque Angola oferece muitas oportunidades para o investimento. O ministro dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação de Espanha, José Manuel Albares, reconheceu que são apresentadas ao seu país "oportunidades muito atractivas” no campo educacional e cultural.

O Chefe de Estado angolano apontou uma outra área em que a Espanha também pode investir, o das energias renováveis, ajudando assim o país a completar a transição energética. Com efeito, é possível que, entre os vários instrumentos jurídicos a serem assinados, no âmbito da visita do Rei Felipe VI a Angola a primeira a um país da África Subsaariana –, esteja um acordo no domínio das energias renováveis.

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