“Rosa Baila”, “Chikitita”, “Perdão”, dentre outros sucessos que marcam o percurso artístico de Eduardo Paím, serão apresentados amanhã, a partir das 19h30, no concerto comemorativo aos 60 anos natalícios do cantor e produtor.
Os escritores Agostinho Neto e António Jacinto são, hoje, às 10h, homenageados como “Poetas da Liberdade”, no Festival de Música e Poesia, que acontece no auditório do Centro Cultural de Vila Nova de Foz Côa, em Lisboa, Portugal.
A União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) realizou na manhã de quinta-feira, no Palácio de Ferro, em Luanda, uma cerimónia de homenagem ao músico Justino Handanga, visando congregar artistas e amigos que não se deslocaram ao Huambo para o derradeiro adeus ao malgrado, sepultado ontem no município do Bailundo. Para além da classe artística, efectivos da Polícia Nacional também estiveram presentes no acto de condolências em memória do artista.
Dentre as várias memórias que guarda do convívio com Justinho Handanga, Diogo Sebastião recordou que durante muitos anos partilhou por diversas vezes o palco com o malogrado, enquanto membro da Banda Movimento.
"Tenho muitas boas recordações com este grande artista da música. Apesar do momento triste, espero que os admiradores, amigos e colegas recordem Justino Handanga com muita alegria, por todo o seu legado, tanto que a sua música foi ouvida pelos quatro cantos do país. É um artista de uma grande dimensão e merece essa homenagem. Era uma pessoa bastante humilde e alegre. Parte o homem mas fica uma obra sólida”, reconheceu.
Carlos Lamartine justificou a sua presença como a forma que encontrou para cumprir com o seu dever de cidadão, colega, amigo e companheiro de trabalho de Justino Handanga, com quem algumas vezes partilhou o palco não apenas em actividades lúdicas mas também naquelas de sentido patriótico.
"Para mim foi sempre um companheiro aberto e honesto, para além de partilharmos as mesmas origens étnicas. A partida de Justino Handanga para a outra dimensão é difícil de aceitar e deve ser um motivo de reflexão. Que leve a saudade e o eterno abraços aos outros artistas angolanos que já partiram desta dimensão”, manifestou.
Para o guitarrista José Faria, membro do emblemático conjunto Os Kiezos, Justino Handanga foi um artista que marcou os seus admiradores nestas duas últimas décadas com canções de grande sentimento. José Faria pontuou que o artista pautava por um estilo próprio que lhe garantiu que a sua obra ficasse eternizada no coração dos angolanos.
"É um artista que deve o nosso respeito e consideração e apelamos para que a nova geração siga o exemplo e as peugadas deste grande músico. Eu comecei a lidar com o Justino Handanga a partir de 2005, isto no Huambo, das vezes que o conjunto se descolou a esta província para cumprir agendas de espectáculos”, detalhou José Faria tendo recordado Justino Handanga como uma pessoa atenciosa, prestativa e de trato fácil.
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