O trio de câmara “Rumos Ensemble” apresenta, no próximo dia 30 deste mês, no auditório Pepetela, no Centro Cultural Português – Camões (CCP-Camões), em Luanda, o concerto multimédia “Tocando José Afonso”.
Uma associação artístico-cultural sem fins lucrativos foi criada, em Lisboa, por um grupo de angolanos para incentivar e promover a cultura e o trabalho dos artistas nacionais em Portugal.
A Associação denominada Núcleo de Artistas Angolanos em Portugal (NAAP), cuja legalização deu-se em Janeiro último por onze membros fundadores, surgiu fruto do projecto "Independência 4.8” realizado em Novembro de 2023, na Fábrica Braço de Prata, para celebrar os 48 anos da Independência de Angola.
Na ocasião, tinha sido montada uma exposição colectiva e multidisciplinar de artes plásticas, apresentação, vendas e sessões de assinaturas e obras literárias, concertos musicais e debates envolvendo artistas angolanos.
De acordo com o coordenador da comissão instaladora, Vladimir Prata, a NAAP tem como fim promover o intercâmbio cultural entre Angola e Portugal, fomentando o entendimento mútuo, respeito às tradições e a valorização da diversidade. Desta forma, propõe-se a organizar e promover eventos que destaquem e celebrem a cultura angolana em Portugal, tais como exposições, festivais, palestras, seminários, espectáculos e actividades educativas.
"Facilitar e incentivar o intercâmbio de artistas, intelectuais e profissionais entre os dois contextos culturais, proporcionando experiências enriquecedoras e promovendo a compreensão mútua, assim como incentivar estudos e pesquisas que contribuam para um melhor entendimento da cultura angolana, são, entre outros, os propósitos da associação”, referiu.
O jornalista e escritor considera que é importante desenvolver programas que promovam a conscientização sobre a riqueza cultural, histórica e social de Angola, buscando combater estereótipos e preconceitos e estabelecer parcerias com organizações culturais e educativas, tanto em Portugal como internacionalmente, para fortalecer laços de amizade e promover uma colaboração sustentável.
Nomes de artistas como Kizua Gourgel, Lino Damião, Ângelo Reis, Eduardo Zabila, Gociante Patissa, Mick Trovoada, Jorge Rosa, Hamilton Francisco "Babu”, Thó Simões, Chalo Correia, Leda Baltazar, Tiago Aço, entre outros, residentes em Portugal ou cujos trabalhos passam muitas vezes por aquele país, fizeram parte da primeira assembleia-geral constituinte que aconteceu no passado dia 4 de Fevereiro, na sede provisória da Associação.
Na referida reunião, segundo informou o coordenador da comissão instaladora, ficou aprovado o regulamento interno, a logo marca da associação, bem como a data para a realização da primeira eleição dos órgãos sociais, aprazada para o próximo mês de Abril, altura em que a NAAP vai apresentar o programa anual de actividades.
"A associação está aberta a todos os amantes da arte, pessoas individuais ou colectivas que queiram fazer da arte que desenvolvem, actividade académica ou profissional uma nova forma de associativismo. O compromisso é contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva, respeitosa e enriquecida pela diversidade cultural”, conclui.
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