Cultura

Artistas angolanos e namibianos actuam na Bienal da Cultura de Paz

Os músicos angolanos Selda, Dom Caetano, Ângela Ferrão e Robertinho e os namibianos Dialini e Grupo Multicultural, actuaram, ontem, em diferentes momentos do segundo dia da Bienal da Cultura de Paz, acompanhados pela Banda Movimento.

24/11/2023  Última atualização 10H58
Músicos dos dois países africanos actuaram, ontem, em diferentes momentos do segundo dia da Bienal da Cultura de Paz realizada em Luanda, no Hotel Intercontinental © Fotografia por: Edições Novembro
À cantora angolana Selda, conhecida pelo timbre suave da voz, coube a responsabilidade de inaugurar o momento cultural do segundo dia da 3.ª edição da Bienal de Luanda, interpretando a música "Voa Borboleta" da autoria de Sara Tavares. Selda escolheu o tema para render uma homenagem a esta artista portuguesa de ascendência cabo-verdiana, falecida no dia 19 deste mês em Lisboa (Portugal), vítima de doença. Com este gesto, Selda manifestou o grande apreço e admiração que nutre por essa artista que é uma das grandes influências da sua carreira. A artista tem estado a promover o seu segundo disco de originais, intitulado "Tom Perfeito”, lançado em Setembro deste ano. Apelidada por "Morena dos pés Descalços”, Selda é uma jovem cantora angolana conhecida no music hall nacional pelo CD de estreia "Morena de Cá”, lançado em 2011. Entrou no mundo da música aos nove anos, na província da Huíla.

Figura conhecida da música angolana, o músico Robertinho brindou os presentes com duas das suas canções, nomeadamente "Joana" e "Kakinhento", apelando através da música ao amor fraternal no seio familiar. Durante a actuação, Robertinho traduziu a canção para os convidados, tendo sido muito aplaudido.

"Dê o que tens aos teus pais, pois foram eles que te geraram, criaram e educaram para hoje seres a individualidade do país", disse ao dirigir-se para as entidades presentes no evento.

Robertinho é nome artístico de Fernando Lucas da Silva, que nasceu em 1958, no Quéssua, província de Malanje. Foi em Luanda, no programa "Bom Fim-de-Semana”, que ganhou visibilidade com a música "Nguma”.

Passou pelos grupos Ébanos, Agrupamento Aliança FAPLA-Povo, Conjunto Diamantes Negros e Semba Tropical, em 1983. Entre os sucessos, constam "Kamaxinde”, "Massoxi”, "Sanguito”, "Joana”, "Desespero”, "Sessá”, entre outros, que podem ser encontrados nos discos "Joana” e "Kaquinhento”.

Natural do Cuanza-Sul, Ângela Ferrão venceu vários concursos da canção infantil e participou em festivais da Rádio Nacional de Angola e no Luanda Antena Comercial. O pai, Lito Ferrão, que também é cantor e compositor, incentivou-a desde pequena a gostar de música. A estreia no mercado foi com o CD "Wanga”, em 2007, um álbum aclamado pela crítica.

Autor do sucesso "Nova Cooperação”, Dom Caetano, pseudónimo de Caetano Domingos António, está ligado à música há 50 anos. Subiu pela primeira vez ao palco em 1973, no Centro Cultural os Anjos, no Sambizanga.

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