Cultura

Artistas angolanos distinguidos na Fundação Arte e Cultura

Os artistas angolanos Belita Palma, Teta Lando, Carlos Vieira Dias, Santocas e Rui Mingas foram homenageados, na noite de quarta-feira, no anfiteatro da Fundação Arte e Cultura (FAC), na Ilha de Luanda durante a cerimónia de lançamento do Acervo Cultural Digital “ Projecto E-Zomba”.

01/04/2023  Última atualização 07H25
Carlito Vieira Dias, reforçado pela banda da Fundação Arte e Cultura, animou os presentes © Fotografia por: DR

Os estudantes de artes plásticas da FAC, Tatiana Ana, Maria Kongo, Ricardo Afonso, Osvaldo Caimbo e Laysa Marques pintaram quadros com as imagens dos músicos homenageados, apesar de terem afirmado que encontraram muitas dificuldades no desafio que lhes foi feito. Os estudante foram unânimes em reconhecer que um dos maiores embaraços encontrados foi ao desenhar os olhos dos artistas.

"Ao receber a proposta para desenhar Teta Lando, no princípio fiquei com medo, pois nunca pintei realismo, faço sempre impressionismo, e ao pintar o realismo foi muito difícil para mim no princípio. Aceitei o desafio feito porque crescemos com eles, mas ao pintar tive muito stress. Comecei a pintar com café, porque gosto mais de pintar com café, mas apaguei porque não estava bom, mas finalizada a obra fiquei impressionado por descobrir novas técnicas” disse a Laysa Marques.

Na actividade, Carlito Vieira Dias com uma performance em alta, na companhia de crianças e com o reforço da banda da fundação, fez jus em vários sucessos de Belita Palma, Teta Lando, Rui Mingas, colocando no alinhamento temas como "Os meninos do Huambo”, "Biri Biri” e "Valódia”.

Numa encenação dramática, os estudantes da FAC homenagearam o músico Santocas e Zé do Pau ao abordaram a vida e obra destes artistas.

O responsável da comunicação da FAC, Clodovil Henrique, disse que com a criação do Acervo Cultural Digital tenciona-se preservar a cultura nacional, pois como disse "esperamos ir numa velocidade no digital”, acrescentando que o objectivo é deixar alguns vestígios da cultura de Angola a nível internacional, através do website, que vai ser criado.

Clodovil Henrique afirmou que se a cultura de Angola não for passada para o digital, "é capaz de não termos muito acesso daqui a alguns anos”. "Já não temos os vinis e nessa altura os que têm estão a doar ou a fazer doações do material por empréstimo. Vale ressaltar que a cultura é um tesouro para nós e que não se encontra num outro lado. Algumas pessoas tiveram a ideia de guardar os vinis”, disse.

O responsável referiu que ao homenagear os músicos que deram um contributo à cultura nacional, através da música, como Belita Palma, Santocas, Rui Mingas, Carlos Vieira Dias e Teta Lando se visa alavancar a nossa cultura.

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