Três palcos estão confirmados, o Petisco da Casa, a Fundação Arte e Cultura e o Palácio de Ferro, que acolherão espectáculos musicais, danças, gastronomia, exposição de artes visuais, spoken word, exibição de filmes e instalações.

Da equipa fazem parte A'mosi Just A Label (música), a escritora Luana Bartholomeu assume a parte literária, a dança com Emanuel Kanza (coreografico e bailarino), artes visuais com Binelde Hyrcan,  Mauro (sonoplasta) e como o consultor, James Titelm, agente internacional.

De acordo com o cronograma, o processo de recepção das candidaturas terminará no dia 5 de Abril e os artistas escolhidos serão anunciados no dia 15 de Abril. A selecção resume-se em 25 artistas, sendo 15 nacionais e 10 vindos do estrangeiro. O festival terá delegados a participarem em cada uma das edições dentre eles a RFI, KEXP, GILLES PETERSON, PAN AFRICAN MUSIC, AFROPUNK E TRACE TV.

O projecto "Ntwala oh Yeah! trata-se de um encontro itinerante entre as artes performativas, dentre elas a música, artes visuais, spoken word, literatura, dança e gastronomia natural. Ntwala Oh Yeah! é um festival designado para actuações de artistas emergentes, tanto a nível local como a nível de outros países. É também um espaço de intercâmbio entre os artistas. Um evento a decorrer anualmente nas cidades do país e estreia-se na cidade de Luanda.

A’mosi Just A Label pretende com o "Ntwala Oh Yeah!" desenvolver a familiaridade entre os artistas locais e os de fora, para juntos poderem melhor dar e receber do público em geral. Despertar e intensificar o interesse pelas artes, projectando uma forma de estar saudável na vida. Dinamizar a expansão da arte local, servir de plataforma para exposição de artistas locais e os de fora, oferecer aos artistas uma rede de networking global.

Outro objectivo é causar impacto das artes autênticas na sociedade, criando assim uma ordem de conduta natural em relação às mesmas. Com o Festival "Ntwala Oh Yeah!" pretende-se fornecer ferramentas que ajudem a área artística no desenvolvimento independente.

De acordo com a organização, trata-se de um projecto local ao mesmo tempo com grandes interesses internacionais na sua projecção, isso na forma como pretende atuar em termos de ligações entre os artistas e também de instituições.

É a diversidade, também a união entre os povos. O festival pretende criar um hino em cada uma das edições com os artistas participantes. Com uma visão inclusiva, o projecto irá decorrer pelas cidades de todo país, oferecendo ao público local a possibilidade de ser embaixador do evento, o que permitirá desta forma que ele dê o seu grande contributo. O público alvo são pessoas com vários tipos de gostos artísticos e com idade a partir dos 16 anos. A meta inicial é conseguirem, pôr pelo menos 5.000 pessoas a assistirem às actividades.

A organização está a busca de apoios e patrocínios, numa primeira fase uma campanha no meio artístico, isso através dos eventos em que irão participar.

O mentor

A’mosi Just a Label é um artista angolano, que ficou conhecido com o seu Ep assinado como Jack Nkanga, lançado em 2014 pela sua editora independente Konono Soul Music. Um projecto cujo o single Redentor  foi nomeado no top Rádio Luanda em 2013 e em 2014 ganhou o mesmo top com o single Arts & Crafts. Mais tarde foi nomeado para o Angolan Music Awards,  tendo ganho o prémio Le Reve Africain em França.

Aos 29 de Abril de 2022, lançou o disco "Konono Soul” onde propõe-nos o Konono Soul como um género musical. Uma sonoridade que une desde o tradicional Zombo, Pop, sons electrónicos, ambientais e etc. Disco este que chegou a ser da semana na RDP-África e ficou dois meses no Top A3:30 da Antena 3 em Portugal.