No alto da minha ignorância, encho-me de brios para defender Patrícia Faria, cidadã angolana de mérito, no meio da multidão enfurecida por causa das decisões tomadas pelo Conselho de Disciplina da Federação Angolana de Futebol (FAF), na apreciação dos indícios de viciação de resultados e corrupção desportiva, suscitados no áudio vazado nas redes sociais.
Hoje, celebra-se, em todo o mundo, o dia de um dos órgãos mais importantes do corpo humano, o coração, uma data criada, em 2000, pela Federação Mundial do Coração, instituição que congrega, no seu seio, todas as Sociedades de Cardiologia do planeta.
Vivemos ainda na euforia do efeito da qualificação das Palancas Negras ao Campeonato Africano das Nações. É legítimo que assim seja, porque cedo aprendemos levantar alto a nossa bandeira e vincar o patriotismo.
Por isso, alguns de nós ainda não se levantaram da ressaca causada pela folia que se seguiu ao jogo com o Madagáscar. Pois trata-se de um momento que não nos é brindado em ciclos que seriam normais, ante os fracassos sistemáticos da nossa selecção, que concorrem para as incómodas ausências no campeonato. Há toda razão de festejar à brava, porque a próxima ninguém sabe quando será.
Até aqui, tudo bem. Cantámos, dançámos, gritámos à exaustão, porque de outro modo não podia ser. A selecção é a nossa equipa comum, sejam quais forem as nossas convicções clubísticas. Logrou aquilo que dela se esperava e a satisfação é difícil de conter. Porém, por entre toda a euforia produzida, nada nos pode cegar, a ponto de não enxergarmos ou percebermos que a equipa não está no seu melhor. O que foi exibido, quer com o Madagáscar quer com o Irão, foi um futebol de pantufas, pessimamente interpretado, quase sem qualquer objectividade.
Ficou, diga-se em obediência à verdade, "preto no branco” que até Janeiro há muita terra ainda por desbravar. Não deve haver esforços a medir no desenvolvimento de um trabalho profícuo, que possa inverter positivamente o quadro. A equipa precisa de ganhar entrosamento e faro para a baliza, para fazer face aos adversários que terá pelo caminho no torneio da Côte d'Ivoire, cujo sorteio acontece a 12 de Outubro próximo. Há muitas arestas por limar.
À partida, é sabido que o seleccionador não tem os atletas em tempo inteiro à disposição para um trabalho intensivo, que leve à correcção dos erros e à definição de uma estratégia eficaz em tempo útil. À guisa de exemplo, olhemos para o grupo que foi a Teerão. Desfalcado. Mas, compete-lhe a estruturação de um plano de trabalho que possa facilitar a empreitada.
A começar a prova a 13 de Janeiro, Dezembro deve ser de arregaçar as mangas, ainda que alguns activos não se façam presentes, em tempo oportuno, ante os compromissos com os respectivos clubes.
É irritante que uma selecção, que vai na sua nona participação, conte apenas com duas presenças nos quartos-de-final, soçobrando, regra comum, na fase de grupos. Isto expressa uma incapacidade competitiva de uma selecção não só longe das mais conceituadas de África, mas ainda à procura de um lugar fora da penumbra, resumindo-se a sua participação nisto mesmo: participação apenas.
O povo pede uma selecção mais ousada, com atitude, ainda que não vença todos os jogos, mas que mostre arte e engenho. Futebol é alegria, proporcionada pela qualidade do jogo, se com golos melhor. Por exemplo, aquela mole de gente que lotou o Tundavala, apesar de brindada com a qualificação, merecia festejar pelo menos um golo. Mas, a equipa esteve incapaz de corresponder a este desejo.
Na verdade, não gostaríamos voltar a ver a selecção cair na fase de grupos, regressar cabisbaixo para casa, com o torneio ainda a decorrer, numa clara demonstração de inutilidade, que já não se encaixa a uma selecção com um currículo embelezado por uma presença num Campeonato do Mundo. A hora é de arregaçar as mangas, para limar as arestas...
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