Além claro, começa a tornar-se preocupante a deriva à direita que a sociedade israelita conhece ao ponto de os partidos políticos tradicionais que se posicionavam ao centro penderem para a direita e à esquerda, com o histórico Labour (partido Trabalhista) de Yitzhak Rabin, Shimon Peres, praticamente, desaparecer da cena política local.
Angola participou, este mês de Maio do MINING INDABA, a maior montra de investimento mineiro que acontece no nosso continente, com uma representação do sector público e privado centrado num único foco: atrair investidores para aumentar a sua carteira actual de financiadores da actividade geológico-mineira local. Mas este momento, salutar, traz outros desafios internos.
Numa altura de dificuldades económicas e financeiras, a transformação do referido cenário em oportunidades deve ser a opção dos operadores do mercado, entre empresários e empreendedores. Está na hora de o país fazer das suas vantagens comparativas vectores relevantes do processo de diversificação da economia e de contorno da actual conjuntura de escassez de divisas.
Um exemplo dessa possibilidade foi dado a observar há dias com a realização do fórum sobre “Experiências, desafios e oportunidades das cadeias de valor da mandioca, milho, soja e frango” que decorreu, em Luanda, no âmbito da implementação do Programa de Apoio à Produção Nacional, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi). O evento foi realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A auto-suficiência da mandioca, com uma produção anual de 14 milhões de toneladas, pode ser uma alternativa à redução do volume de importação de farinha de trigo, estimada em 400 milhões de dólares por ano. “O nosso país vive um momento de grande oportunidade para desenvolver a produção nacional, e estamos a ter uma experiência nova em que as importações tornam-se mais caras e a produção nacional mais barata”, disse Sérgio Santos, secretário de Estado da Economia e Planeamento, numa alusão às oportunidades que representam o actual contexto.
Contrariamente à ideia de nos concentrarmos na escassez de divisas como o eventual entrave a todos os passos que podem ser dados, na verdade, a experiência por que o país tem passado já outros países passaram, alguns ainda o vivem e, no entanto, foram capazes de encontrar alternativas com iniciativas internas para fazer face às importações. Grande parte das dificuldades por que passamos, independentemente da reconhecida falta que as divisas fazem, deve-se também ao exagerado facto de a economia nacional ser excessivamente dependente das importações.
O desequilíbrio entre as importações e as exportações, pendendo demasiadamente a favor daquele primeiro, ao lado de outros factores externos, acaba por “destapar” as inúmeras fragilidades da nossa economia. Não é sustentável para nenhuma economia, mesmo em contexto de “chuva de cambiais”, como sucedeu no passado recente, que o país dependa quase exclusivamente das importações, relegando a indústria nacional com todo o seu potencial para um papel meramente cosmético. E, para ser mais preciso, estamos a pagar a factura de procedimentos e estratégias que há muito deviam ser corrigidos a favor de um alinhamento que coloque a agricultura e a indústria no desempenho que todos esperamos daqueles dois factores de desenvolvimento.
Com o actual cenário, em que as importações são mais caras que a produção nacional, com custos de produção baixos em virtude da desvalorização da moeda, entre outras variáveis, não faz sentido que estejamos a subaproveitar esta realidade. Como ficou claro no fórum sobre “Experiências, desafios e oportunidades das cadeias de valor da mandioca, milho, soja e frango”, Angola pode ganhar muito com o processo de industrialização da mandioca, por exemplo, para reduzir de forma significativa o volume de importação de farinha de trigo.
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginAngola acaba de acolher a 8ª edição do Congresso e Exposição Africano de Petróleo e Gás, um evento que reuniu, na capital angolana, de segunda a quinta-feira, especialistas de vários países que deixaram os seus subsídios sobre o futuro da exploração e utilização prática dessas duas matérias-primas no nosso continente, na perspectiva de uma melhor estruturação e desenvolvimento das economias.
Tenho conversado com um angolano que deixou o país muito jovem e passou a viver no interior da Ucrânia, onde constituiu família. O meu amigo é natural da Conda, Cuanza -Sul, e há vezes que me chama só para se lembrar do café da Gabela e dos mariscos do Porto Amboím que o seu tio sempre trazia. Ele disse que no início tudo estava a correr bem por causa do amor que ele tinha pela sua esposa, o que lhe fazia aguentar tudo; ultimamente, disse-me ele, os Invernos estavam a ser cada vez mais insuportáveis.
Encontramo-nos no mês de Maio, a escassos dias para celebrar o Dia de África e fase em que importa reflectir, exaltar, comemorar e resgatar a ancestralidade africana, entendida aqui, entre outras leituras, como o reencontro com a História, cultura, valores e tradições africanas. O regresso às origens no que ao tempo e espaço iminentemente africano diz respeito, tal como proclamado há séculos e décadas por figuras africanas emblemáticas é parte vital para que África encontre e ocupe o seu lugar no concerto das nações, continentes e regiões.
O preço médio da cesta básica cai, na semana de 16 a 22 de Maio, 35,7 por cento face a Novembro de 2021, no mercado nacional, enquanto, no mercado internacional, é esperado um comportamento inverso para a média dos preços, que registam um elevado aumento de 29,4 por cento, nesse mesmo período.
O processo de liquidação da dívida que a Edições Novembro tem com o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), na ordem dos três mil e trezentos milhões de kwanzas, já está em curso, garantiu, sexta-feira (20), em Luanda, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS).
A primeira central fotovoltaica do Namibe, cujo projecto foi lançado, sexta-feira(20), na localidade do Caraculo, a 60 quilómetros de Moçâmedes, capital da província, começa a gerar energia eléctrica a partir de Dezembro.
A equipa sénior masculina de andebol do 1º de Agosto conquistou, ontem, o 43º Campeonato Nacional da categoria, disputado no Arena Acácias Rubras, em Benguela, após derrotar a similar do Interclube, por 23-21, na segunda de três partidas para o “play-off” da final.
Angola administrou, nas últimas 24 horas, 26.853 de vacinas, nos diferentes Postos de Vacinação de Alto Rendimento, de acordo com os dados do boletim informativo da Direcção Nacional de Saúde Pública (DNSP) distribuída. ontem, à imprensa.