A secretária de Estado para a Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável, Paula Francisco, disse, na abertura do acto, que a visão de Angola para as mudanças climáticas, definida na Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas (ENAC) 2022-2035, está adequada aos impactos das alterações climáticas, com um caminho de desenvolvimento de baixo carbono, que contribui para a erradicação da pobreza.

A governante disse ser necessário desenvolver acções de adaptação equilibradas que permitam minimizar os impactos das alterações climáticas de forma eficiente e garantir a sustentabilidade de desenvolvimento do país.

Paula Francisco referiu que a ENAC 2022-2035 identifica a gestão de florestas e outros usos do solo como acções de mitigação, desenvolvendo a prevenção e monitorização de incêndios como medida de abrandamento.

A secretária de Estado considerou relevantes as intervenções propostas no sentido de promover a modernização da agricultura tradicional com base na sustentabilidade e através da aplicação de práticas agrícolas que garantam a redução das emissões de gases com efeito estufa (GEE), mas que permita aos produtores aumentar os seus rendimentos.

O objectivo do encontro, esclareceu, foi o de fazer a validação da nota conceptual do projecto que teve início aquando de uma citação segundo a qual Angola era um dos países na Africa Subsaariana com mais fogo. Na altura, lembrou, foi defendida a acção e o movimento do trabalho comunitário, bem como o olhar das boas práticas de educação e consciencialização das comunidades rurais para a melhoria da temática da gestão do fogo. O projecto, revelou, tem um suporte financeiro inicial de um milhão de kwanzas.

Após o processo de validação, adiantou, o documento vai ser remetido ao conselho do Fundo Verde para o Clima, para serem definidos os mecanismos nacionais de implementação, sob coordenação da Comissão das Alterações Climáticas e Biodiversidade, liderada pelo Ministério do Ambiente.