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Apresentada coligação para a governança dos sistemas alimentares

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A presidente dos representantes da CPLP na FAO, Maria de Fátima Jardim, e o director da Cooperação desta Organização, Manuel Clarote Lapão, apresentaram, em Roma, a Coligação Internacional para a Governança Territorial dos Sistemas Alimentares.

04/02/2023  Última atualização 15H52
Fátima Jardim e Manuel Lapão apresentaram a iniciativa em Roma © Fotografia por: CEDIDA

A embaixadora Fátima Jardim disse durante o acto, realizado quinta-feira, que a Coligação tem como base as recomendações da III Reunião Ordinária do CONSAN-CPLP, de Julho de 2021, em Luanda, que "estabelece este órgão para a promoção da governança territorial, priorizando sistemas alimentares sustentáveis e dietas saudáveis”.

"O principal objectivo desta Coligação Internacional é reforçar a estrutura da governança multinível para os sistemas alimentares sustentáveis, dar prioridade à governança dos sistemas alimentares territoriais na agenda política e trocar conhecimentos sobre a governança dos sistemas alimentares”, afirmou a também embaixadora de Angola na Itália.

Durante a cerimónia de apresentação e apoio do órgão, Fátima Jardim, também representante de Angola junto das Agências das Nações Unidas em Roma, referiu ainda que a "Coligação está aberta a todos os Estados-membros da ONU, organizações internacionais interessadas e relevantes, instituições académicas, sector privado e organizações da sociedade civil”.  

A diplomata angolana felicitou e enalteceu o excelente trabalho desenvolvido até ao momento pelo Secretariado da CPLP e a equipa técnica na preparação dos importantes documentos com base na Acção do Plano 2023-2025, dos objectivos desta iniciativa.

Segundo Fátima Jardim, "a Pré-Cimeira de Roma e a Cimeira das Nações Unidas para os Sistemas Alimentares, realizada em Nova Iorque no ano passado, colocaram desafios para reafirmar os compromissos com os princípios da transformação dos sistemas alimentares”.

Na explanação, ressaltou que "estes compromissos também expressaram novas aspirações de resiliência e melhoria da segurança alimentar e nutricional dos povos, bem como para reduzir o impacto das crises, alcançar os ODS de 2030, reduzir a fome, a pobreza e melhorar os direitos fundamentais”.

Para a diplomata angolana, as coligações mobilizaram novos financiamentos e parcerias para uma participação diversificada e "cada vez mais se pretende que todos implementem os mecanismos, planos e acções para a estabilidade das economias e a resiliência dos sistemas alimentares tão afectados pelas crises financeira, energética, das alterações climáticas que dificultam o bem-estar e o progresso”.

A representante de Angola nas Agências das Nações Unidas disse ainda "que esta iniciativa aumenta o conhecimento sobre o papel actual e o potencial da agricultura familiar e dos pequenos negócios agro-alimentares, visando a segurança alimentar sustentável, contribuindo também para o seu acesso, estabilidade e disponibilidade”.

Angola, enquanto membro e presidente "pro tempore” da CPLP, apoia a iniciativa, pois reconhece a diversidade dos territórios, bem como o seu capital natural e social específico e "tudo fará para se envolver plenamente na implementação dinâmica da Coligação Internacional para a Promoção de Sistemas Alimentares Territoriais Sustentáveis”.

Em nota de imprensa, a Embaixada de Angola, em Roma, refere que as representações junto da FAO da Argentina, Canadá, Cote d’Ivoire, Índia, Uruguai, Qatar, França, Espanha, Roménia, Quénia, Itália, Grécia e do Senegal, como observadores, manifestaram disponibilidade de colaborar para o crescimento da Coligação.

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