Segundo o director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Delegação Provincial do Ministério do Interior, superintendente-chefe Piedade Pombal, entre as viaturas com depósitos adaptados para 300 e 600 litros, 26 são namibianas e seis nacionais.  A apreensão, acrescentou, foi feita durante a operação denominada "Omahoyoli”, que em português significa combustível, realizada de 12 a 17 deste mês.

Piedade Pombal referiu que os envolvidos nesta prática adquiriam o litro de gasolina a 300 kwanzas e o de gasóleo a 130 kwanzas e comercializavam no território namibiano num valor três vezes superior em relação à compra. 

As viaturas mais utilizadas neste trabalho, explixou, são as de marca Toyota Land Cruiser, Hiace e Raider.   O director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da Delegação Provincial do Ministério do Interior deu a conhecer que, nos últimos tempos, os implicados em contrabando de combustível alteram os depósitos das viaturas de modo a transportarem grandes quantidades, passando por caminhos não oficiais em direcção à Namíbia.

De acordo com o oficial da Polícia, as constantes enchentes de viaturas nos postos de abastecimento, que permaneciam 15 a 20 minutos a reabastecer, chamou a atenção das autoridades, que redobraram a vigilância.

"Duas a três viaturas namibianas com depósitos alterados entram diariamente no território angolano, utilizando caminhos não oficiais, e voltam à procedência abastecidas”, sublinhou, acrescentando que, durante a operação, foram arrecadados mais de um milhão de kwanzas, resultantes de aplicação de multas.

A Polícia Fiscal e Aduaneira, garantiu, continuam a reforçar os mecanismos de combate ao contrabando de combustível ao longo da fronteira entre Angola e a Namíbia. Dados do Comando da Polícia Nacional no Cunene dão conta que, no decorrer deste ano, foram apreendidos na fronteira entre Angola e Namíbia 20.810 litros de combustível.

O Cunene partilha 460 quilómetros de fronteira com a República da Namíbia, sendo 340 terrestres e 120 fluviais, e muitos indivíduos aproveitam-se da vulnerabilidade para o contrabando de mercadorias.