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Apoio do Ocidente à Ucrânia é ameaça directa à Rússia

O Presidente russo, Vladimir Putin, descreveu as acções do Ocidente, como uma nova ameaça à Rússia, destacando os tanques alemães que estão a ser enviados para Kiev e comparando o acto à Segunda Guerra Mundial.

03/02/2023  Última atualização 07H15
Vladimir Putin comparou a actual situação do seu país com aquela vivida na 2º Guerra Mundial © Fotografia por: DR

O nazismo na sua aparência moderna representa uma ameaça para a Rússia, que tem novamente que lutar contra o Ocidente, disse Putin.

"Ela aconteceu no final de 1942 e início de 1943, durante a Grande Guerra pela Pátria (parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de Junho de 1941 e 9 de Maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados. Agora a Rússia está novamente sob ameaça de tanques Leopard”.

"Inacreditável, mas é verdade. Estamos novamente a ser ameaçados com os tanques alemães Leopard com as cruzes a bordo. E, mais uma vez, eles querem entrar em guerra com a Rússia em solo ucraniano”, declarou, em referência a Stepan Bandera, nazista ucraniano, durante a Segunda Guerra Mundial.

O Presidente russo, sublinhou, a necessidade de continuar a celebrar a memória da Batalha de Stalingrado.

Vladimir Putin, fez estas declarações durante uma visita efectuada no complexo memorial em Mamayev Kurgan, em Volgogrado, como parte das comemorações do 80º aniversário da vitória soviética na Batalha de Stalingrado.


 Relações Rússia-China ultrapassa a aliança militar

As relações entre a Rússia e a China não conhecem limites e são de qualidade superior às alianças militares tradicionais, disse, ontem, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em entrevista ao apresentador de TV Dmitry Kiselyov.

"Eles são de facto os melhores da história da União Soviética e da República Popular da China e da Federação Russa”, enfatizou Lavrov.

"A presença de áreas de interesse comum é uma característica muito humilde de nossas relações”. Já está escrito em nossas declarações que, embora não criemos uma aliança militar, as nossas relações são de qualidade superior às alianças militares no sentido clássico, e não têm fronteiras nem limites. E também não há tabus. Eles são de facto os melhores da história da União Soviética e da República Popular da China e da Federação Russa”, explicou.

"O nosso interesse comum é principalmente permitir o desenvolvimento com base nos nossos planos nacionais dentro das normas existentes do comércio internacional, ou seja, as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), e dentro do próprio sistema que o Ocidente criou, começando com as Instituições de Bretton Woods - o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial”, disse.

Serguey Lavrov, reiterou, também, que a Rússia demorou 17 anos para ingressar na OMC e, ao entrar na organização, o país aceitou as suas regras, que "em geral, eram as regras da concorrência leal”.

"O trabalho do Órgão de Solução de Controvérsias foi bloqueado na OMC, precisamente porque a China está a vencer à América no seu próprio campo de jogo com as suas próprias regras e tem todos os motivos para exigir uma compensação, que certamente será concedida pelo Órgão de Solução de Controvérsias da OMC , se os EUA permitirem que esse órgão funcione”, acrescentou.

Segundo o ministro das Relações Exteriores da Rússia, os americanos adoptam "uma abordagem puramente burocrática. Os americanos bloqueiam a nomeação de novos membros deste órgão para as vagas existentes, e não há quorum lá”, acusou Lavrov.

"Isso vem a acontecer há vários anos”, resumiu Lavrov.

"É exactamente porque a China vai ganhar todas essas disputas com os EUA, eles iniciaram uma reforma da OMC, e afirmaram publicamente que essa reforma deve ser baseada nos interesses dos EUA e da União Europeia. E todo o resto será informado onde eles pertencem e como se comportar”, rematou.

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