Cultura

Ao ritmo do sungura Morainha “Almoço Angolano” faz o bye bye

Analtino Santos

Jornalista

Os espectadores aderiram a roda e fizeram a festa ao ritmo de “Morainha” com Moniz de Almeida a “apimentar” a pista com o requebrar das ancas, este foi o último momento de música ao vivo da Temporada 2023 do Almoço Angolano.

28/11/2023  Última atualização 10H37
Moniz de Almeida fechou em grande o último concerto do ano © Fotografia por: João Gomes | Edições Novembro
Na tarde de domingo animaram o concerto no Hotel Diamante, em Luanda, Calabeto, Cristo, Clara Monteiro e Prolétario com o acompanhamento da Banda Real, com a abertura pelo grupo tradicional Kudimuena Kota. Com sala cheia o encerramento da temporada superou as expectativas da produção.

Coube a Moniz de Almeida ser o último a acturar e passaram poucos minutos das 18h30 quando o showman entrou. "Kussokula aos Adobes” foi a música escolhida e foi recebida com muita animação e invasão na pista. A saudação surgiu e em momento de interacção a capela deu lugar a "Vizinho tem cara de pau”, "Minjha viola” e "Amor Melaço”.

Combinando dança e canto, "Guilhermina” e "Ngapa” foram os aperitivos de entrada, para o prato principal, "Morainha” que proporcionou uma explosão de felicidade.

Calabeto, artista que esteve na primeira edição do ano mais uma vez, aproveitou a oportunidade para transmitir a alegria contagiante. "Nzambi”, "Tussocana Ku Malange” e "Bomba”, em dueto com Tony do Fumo Filho, e fechou com "Ngolo Yami”. Os dois artistas encorajaram a continuidade do projecto.

Proletário foi a primeira voz individual a apresentar-se diante do público e do reportório levou "Kizombas”, "Kanote”, "Kimbombeia” e "Scania 111”. O artista felicitou os promotores e mais uma vez agradeceu a Fundação Brilhante pelo apoio para o lançamento do disco "Carolina do Ebo”. Depois de partilharem juntos em Maio, a segunda edição do Almoço Angolano do ano, Clara Monteiro e Cristo também desfilaram alguns sucessos.

A única voz feminina do elenco levou passisas a pista com "Angola Tropical” e "Festa de Arromba”. Trouxe as influências africanas ao interpretar "Amiyo” e "Malaika”, para encerrar "Zito Monami”, música que marca a carreira da artista.

Cristo o, contador de histórias luandenses, falou de "Ngaxe” e levou o romantismo "Astro da minha vida”, como sempre o amor pelas suas origens esteve com "Meu bairro” e "Lá na minha banda”, temas que reflectem as vivências nas Cês, Bês, Rangel e Terra Nova.

A Banda Real acompanhou os artistas e levou um reportório com alguns clássicos angolanos e africanos na voz do tamborista Esteves Bento como "Filho de Doente” de Zé Keno, "Catorze Chuvas” de Teta Lando, "Cocó” de Francó e outros. Pepelo Sá e França Kamulingue alteranavam como solistas e ritmistas, enquanto Simão Kandala segurou o baixo, Mini ficou com os teclados e Guilor pegou a bateria. O primeiro momento como dedicado ao grupo Kudimuena Kota que esta temporada levou a música tradicional em grande parte das edições.

Este ano, o Almoço Angolano teve em palco Sabino Henda, Claudeth Tchizungo, Flay,Patrícia Faria, Voto Gonçalves, Prolétario, Nikila de Sousa, Robertinho, Mago de Sousa. Augusto Chacaya, Xaxinha, Mazui Dya Musseke, Euclides da Lomba, Margareth do Rosário e Banda Maravilha O projecto arrancou em Junho do ano passado com Calabeto, depois actuaram Dom Caetano, Lulas da Paixão, Dina Santos, Legalize e Margareth do Rosário.

O "Almoço Angolano” é uma iniciativa do Hotel Diamante e tem em António Simão o director e o principal dinamizador da iniciativa. O projecto integra o  comité de acompanhamento do protocolo de entendimento entre a União Nacional dos Artistas e Compositores - Sociedade de Autores (UNAC-SA) e a Associação de Hotéis e Resorts de Angola, como representante dos hoteleiros.

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