O recente agravamento das taxas aduaneiras pela Administração Geral Tributária (AGT) e que afecta produtos alimentares essenciais como arroz e o açúcar, por exemplo, é bem-vindo, pois se assume também como uma arma para combater o dumping e as máfias das importações.
A afirmação foi feita, na quinta-feira, em Luanda, pelo ministro da Agricultura e Florestas.
António Francisco de Assis disse que, enquanto em Luanda as pessoas se queixam que são extorquidas todos os dias com preços altos na venda dos bens da cesta básica, em localidades como Luquembo (Malanje), Catabola (Bié) ou muitas outras partes do país, os produtos são vendidos pelos camponeses e comprados por comerciantes que os levam para os mercados de fronteira.
A prática do dumping consiste, basicamente, em agentes comprarem um produto e acordarem com a venda em valores mais baixos do que custou na aquisição.
Segundo o ministro da Agricultura e Florestas, há, claramente, uma máfia da importação a pressionar a balança cambial do país.
Compram, guardam, vendem quando entendem e chantageiam com suposta escassez de bens, como justificação de subida de preços, para que as famílias no desespero comprem ou então lancem gritos de clamor ao Governo.
"É preciso combater as máfias com todas as forças”, defendeu António de Assis.
Sobre o negócio de compra de produtos no país, para venda nos mercados fronteiriços, o governante fez saber que se trata apenas de mercado.
O que preocupa o ministro é também o facto de as pessoas pejorativamente considerarem esses empreendedores com outras práticas e ideias, sendo que muitos desses cidadãos angolanos tanto quanto outros, querem apenas mercado.
O ministro disse também haver arroz, ainda que em pouca quantidade, à venda, mas que os cidadãos nacionais rejeitam comprar sob o signo da desconfiança numa "pseudo” falta de qualidade, o que além de não ser verdade é também afronta aos esforços dos camponeses nas várias aldeias.
"É preciso valorizar a produção nacional. Deixar-se de pedir redução nas compras em zungueiras, mas nada sugerir quando nos preços encontra um mesmo produto com preço quatro a cinco vezes superior”, ressaltou.
Para o ministro, as pessoas vão adaptar-se a hábitos e também a comportamentos, mas, reitera, as pessoas têm de comprar o nacional, ajudar na produção e ser denunciador público sempre que vir abusos de operadores económicos e de comerciantes estrangeiros.
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