A actividade, que marcou o encerramento das jornadas no Reino de Espanha, juntou mais de 60 pessoas, entre líderes religiosos, membros da comunidade angolana e estudantes.

Na ocasião, o ministro conselheiro, António Cristóvão, destacou Neto como uma figura ímpar na história de Angola e um visionário na luta pela independência e justiça. "Agostinho Neto não apenas liderou a nossa nação para a liberdade e independência, mas também deixou um legado de poesia que transcende fronteiras. A sua obra ecoa os sentimentos mais profundos da humanidade e a busca incessante por um mundo melhor”, disse o diplomata.

Conforme António Cristóvão, Agostinho Neto é lembrado não apenas como o primeiro Presidente do país, mas também como um poeta e líder revolucionário, cuja vida e obra tiveram um impacto duradouro na nação e além dela.

"Nascido em 1922, Neto cresceu numa Angola colonizada e marcada pela opressão, repressão e desigualdade”, reforçou. António Cristóvão relembrou que a sua jornada começou como estudante de medicina em Coimbra, Portugal, onde foi fortemente influenciado pelos movimentos de libertação africanos e pelas ideias socialistas.

"Neto emergiu como um poeta talentoso e activista político, usando  a sua escrita para expressar a luta do povo angolano contra a opressão colonial. As suas palavras eram poderosas, incitando a resistência e a esperança em igual medida. Nos seus poemas capturava a angústia de um povo oprimido, mas também a determinação inquebrável para alcançar a liberdade”, reforçou.

O ministro conselheiro acrescentou que a contribuição mais significativa de Neto para a história do país foi a sua liderança no MPLA, frisando que a sua visão era clara: "queria uma Angola livre, justa e próspera para todos os filhos da pátria”.

Além das suas realizações políticas, disse, o legado de Neto vive através da sua poesia intemporal. "Os seus escritos continuam a inspirar gerações, servindo como um lembrete das lutas do passado e da importância da liberdade e da igualdade. Hoje, celebramos não apenas o homem, mas o espírito resiliente que inspira gerações”, asseverou.