Num ambiente nostálgico onde não faltaram motivos para reviver momento dos anos de ouro na arte infantil, o vice-governador da província de Luanda para o Sector Económico, Gilson Carmelino, fez a entrega dos diplomas de mérito aos homenageados pelo seu valioso contributo no desenvolvimento da arte infantil angolana, nas categorias de música, dança, teatro e literatura infantil.

Entre as figuras homenageadas destacam-se nomes como Eduardo Paim, Isidora Campo, Yuri da Cunha, Maya Cool, Filipe Mukenga, Ângelo Boss, Manborrô, Maria Luísa Françony, Cremilda Lima, Filipe Zau, Gercy Pegado, Dionísio Rocha, Sónia António, Sérgio Piçarra e Faustino Segunda.

O vice-governador da província de Luanda para o Sector Económico disse, na ocasião, que o objectivo do evento foi reconhecer os feitos e o contributo que estas individualidades  e grupos emblemáticos deram em prol da arte infantil, assim como incentivar a continuarem e promover a cultura angolana nos vários domínios.

Gilson Carmelino referiu, igualmente, que o Governo tem vários projectos para apoiar os artistas em particular aqueles que se destacaram no passado, por exemplo, na época de ouro da música, dança, literatura e teatro angolano.

O reconhecimento fruto do contributo que deram para o engrandecimento da arte infantil angolana, é para a cantora Isidora Campos, uma das homenageadas, uma grande satisfação.

A cantora, autora dos sucessos "Diga p’ra Ela”, "Caminho de Amor”

"Esse Teu Feitiço”, "Sambapito” e "Alembamento”, elogiou a iniciativa do GPL, por ser uma forma de reconhecimento de quem trabalhou em prol da cultura.

Isidora Campos sublinhou, ainda, que esta distinção é, também, uma forma de incentivar mais a actual geração a continuar a promover a arte infantil, "que de lá para cá perde a sua identidade”.

Eduardo Paim, outra figura homenageada, considerou ser uma iniciativa o indescritível na medida em que quando começou a cantar não tinha noção que teria longevidade e profundidade que tem.

Para o músico, uma das figura da antiga sala piô da Rádio Nacional de Angola, foi uma grande honra fazer parte da turma de pessoas que abrilhantaram os palcos angolanos.

Eduardo Paim adiantou que momentos como o propulsionado sábado pelo GPL acabam por devolver incentivo na música ou força, uma vez que naquela altura as músicas foram feitas de coração e numa conjuntura muito diferente de hoje, onde "se não fizéssemos ninguém faria por nós”.

Por sua vez, o director nacional da cultura, Euclides da Lomba, que testemunhou a homenagem, felicitou a organização pela iniciativa, referindo ser necessário haver um caderno ou vários com letras das músicas dos antigos cantores e introduzi-las no sistema de ensino angolano, para educar as pessoas através da arte e cultura.

O director nacional da cultura sublinhou não haver forma mais sensata de encontrar aquilo que é comum. "É essa memória que nós temos da reafirmação da nossa angolanidade”, disse Euclides da Lomba.