Economia

ANPG licita campos petrolíferos nas bacias do Kwanza e do Congo

Regina Handa

A assinatura dos contratos de concessão para exploração dos blocos KON 2 e o KON 11, entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e o consórcio de petrolíferas nacionais e estrangeiras, marcou a fase final do processo que visa atenuar o declínio da produção nacional, actualmente estimada em 1,1 milhões de barris por dia.

27/05/2023  Última atualização 07H50
Momento da assinatura para a concessão de exploração de dois blocos petrolíferos na Bacia do Kwanza no offshore © Fotografia por: Vigas da Purificação| Edições Novembro
O protocolo assinado, quin-ta-feira, em Luanda, prevê ainda a atribuição, por negociação directa,  de quatro blocos situados na Zona Terrestre do Kwanza, denominados KON 12 e KON 16, cuja a assinatura aconteceu ontem.

O presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, informou que a maior parte dos blocos  está na fase de exploração, com realce para o KON 12 e KON 16, ao passo que "os blocos hoje assinados já tiveram produção no passado pela Fina, tendo sido abandonados, não devido à produção dos recursos existentes, mas da distruição das infra-estruturas”.

Frisou que o petróleo, na Bacia do Kwanza, antes era transportado dos campos directamente para a refinaria por intermédio de um "pipeline”, que foi destruído ao longo do tempo, facto que motivou, no período entre 1997 e 1998, o abandono dos respectivos blocos (11 e 12).

"O único bloco que é puro de exploração é o 2, onde vai se realizar a exploração, os outros vão ser perfurados para a  procura de novos recursos”, afirmou.

Paulino Jerónimo lembrou que,  à semelhança das licitações  "onshore” feitas em 2020,  no presente ano serão licitados um total de oito blocos "onshore”, quatro dos quais na Bacia do Kwanza e igual número na Bacia do Congo.

"Estamos a melhorar o nosso ambiente de negócios, não só para permitir que os operadores existentes actualmente invistam, mas porque é preciso reconhecer que este investimento  permita  que a nossa produção hoje esteja acima de 1,1 milhão de barris e, naturalmente, a nossa expectativa é continuar não só a investir, mas também atrair novos investidores”, augurou.

Por sua vez, o presidente da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa & Produção, Ricardo Van-Deste, afirmou que a Sonangol tem estado a estudar o bloco já  há algum tempo e conhece bem o seu potencial.

Em termos de reservas, referiu o responsável, está a fazer-se ainda uma avaliação na área de exploração, observando o bloco em termos de potencial de reactivação da produção. "Contudo, estamos a prever uma produção inicial de 1000 barris de óleo por dia”.

No bloco KON 2 integram o consórcio, as empresas  Intank, MTI e Brites.  O consórcio constituído pela Sonangol, Brites, Atlas Group, Grupo Simples Oil e o Omega está adjucado ao bloco KON 12, a MTI, Atlas Group e Omega o KON11, enquanto o bloco KON 16 foi adjudicado ao Atlas Group, Intank, MTI e Brites.

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