A Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA) queixou-se, esta quarta-feira, das baixas taxas de ocupação, ausência de créditos financeiros bonificados, falta de uma central logística e de energia e água canalizada, em algumas zonas, para alavancar o sector.
A conferência "Doing Business in Angola" que decorreu, terça-feira, em Lisboa, reuniu empresários portugueses de destaque com experiência consolidada e aqueles que aspiram ingressar no mercado angolano.
A assinatura dos contratos de concessão para exploração dos blocos KON 2 e o KON 11, entre a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e o consórcio de petrolíferas nacionais e estrangeiras, marcou a fase final do processo que visa atenuar o declínio da produção nacional, actualmente estimada em 1,1 milhões de barris por dia.
O presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, informou que a maior parte dos blocos está na fase de exploração, com realce para o KON 12 e KON 16, ao passo que "os blocos hoje assinados já tiveram produção no passado pela Fina, tendo sido abandonados, não devido à produção dos recursos existentes, mas da distruição das infra-estruturas”.
Frisou que o petróleo, na Bacia do Kwanza, antes era transportado dos campos directamente para a refinaria por intermédio de um "pipeline”, que foi destruído ao longo do tempo, facto que motivou, no período entre 1997 e 1998, o abandono dos respectivos blocos (11 e 12).
"O único bloco que é puro de exploração é o 2, onde vai se realizar a exploração, os outros vão ser perfurados para a procura de novos recursos”, afirmou.
Paulino Jerónimo lembrou que, à semelhança das licitações "onshore” feitas em 2020, no presente ano serão licitados um total de oito blocos "onshore”, quatro dos quais na Bacia do Kwanza e igual número na Bacia do Congo.
"Estamos a melhorar o nosso ambiente de negócios, não só para permitir que os operadores existentes actualmente invistam, mas porque é preciso reconhecer que este investimento permita que a nossa produção hoje esteja acima de 1,1 milhão de barris e, naturalmente, a nossa expectativa é continuar não só a investir, mas também atrair novos investidores”, augurou.
Por sua vez, o presidente da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa & Produção, Ricardo Van-Deste, afirmou que a Sonangol tem estado a estudar o bloco já há algum tempo e conhece bem o seu potencial.
Em termos de reservas, referiu o responsável, está a fazer-se ainda uma avaliação na área de exploração, observando o bloco em termos de potencial de reactivação da produção. "Contudo, estamos a prever uma produção inicial de 1000 barris de óleo por dia”.
No bloco KON 2 integram o consórcio, as empresas Intank, MTI e Brites. O consórcio constituído pela Sonangol, Brites, Atlas Group, Grupo Simples Oil e o Omega está adjucado ao bloco KON 12, a MTI, Atlas Group e Omega o KON11, enquanto o bloco KON 16 foi adjudicado ao Atlas Group, Intank, MTI e Brites.
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