Política

Angolanos residentes no exterior encantados com potencial do país

Arão Martins | Benguela e Justino Victorino Huambo

Jornalistas

Os angolanos residentes na diáspora enalteceram, ontem, a modernização que o Executivo está a implementar no Corredor do Lobito, o que vai contribuir no desenvolvimento económico do país e da África Austral.

11/04/2024  Última atualização 09H29
Luís Nunes pretende que a Terras das Acácias Rubras se torne no principal centro logístico © Fotografia por: Edições Novembro
O reconhecimento foi expresso pelos integrantes da delegação, à margem do encontro de cumprimentos de cortesia com o governador provincial de Benguela, Luís Nunes.

A concretização da construção da Refinaria do Lobito é outro ganho enaltecido pelos angolanos residentes na diáspora.

No encontro com o governador provincial de Benguela, a delegação foi informada sobre os projectos estruturantes em curso na província.

Segundo o governador provincial de Benguela, Luís Nunes, as acções em curso vão contribuir para a criação de milhares de postos de emprego.

Luís Nunes salientou que Benguela está a dar passos largos, para se tornar no principal centro logístico do país.

O andamento das Infra-estruturas Integradas de Benguela foi, outra, dentre várias acções espelhadas pelo governador provincial de Benguela, tendo explicado que tudo está a ser feito para que a Terra das Acácias Rubras seja um melhor lugar para se viver.

Luís Nunes convidou os angolanos residentes na diáspora a serem os verdadeiros porta-vozes do progresso que a província de Benguela regista. Durante um dia, a delegação integrada por 36 angolanos oriundos da Suíça, Bélgica, Alemanha, Portugal, Marrocos e Espanha, visitaram as potencialidades sócio-económicas e turísticas da província.

Na cidade de Benguela, a delegação visitou o Museu Nacional de Arqueologia e a Marginal da Praia Morena.

Os integrantes da delegação de angolanos na diáspora mostraram-se satis- feitos com o acervo do Museu Nacional de Arqueologia, que espelha a História do país, enquanto na Marginal da Praia Morena os visitantes manifestaram-se satisfeitos com as obras do prolongamento daquele espaço turístico.

Depois de Benguela, a delegação deslocou-se ao município da Baía Farta, onde visitou as Salinas Calombolo, responsável pela produção de cerca de 80 por cento do sal consumido no país.

Situado na Cidade do Sal, o denominado Chamume, ali os integrantes receberam informações de que, além do consumo nacional, o sal produzido na Baía Farta, também é levado para os países vizinhos, com destaque para a República Democrática do Congo (RDC), através do Corredor do Lobito.

Além de Benguela e Baía Farta, a delegação, que terminou a visita ainda, ontem, deslocou-se à cidade do Lobito para constatar a funcionalidade do Porto do Lobito e as obras do Mercado do Chapanguele, com capacidade para albergar mais de três mil vendedores.

Os integrantes da delegação de angolanos residentes na diáspora visitaram, também, a Central Fotovoltaica situada na comuna do Biópio, município da Catumbela.

Reacção dos integrantes

Em nome da delegação, Lucas Mateus disse que os angolanos residentes na diáspora saem de Benguela, de forma especial, e do país, em geral, encantados com as potencialidades  pesqueira,  salineira e turística.

Lucas Mateus destacou a forma como a delegação foi recebida pelo governador provincial de Benguela, Luís Nunes, que espelhou, de forma clara, tudo o que já foi feito e o que está por se fazer, em prol do bem-estar das populações residentes e visitantes.

Lucas Mateus salientou que, actualmente, quer a nível nacional, quer internacional, fala-se muito do Corredor do Lobito, que é um projecto muito ambicioso, no qual os Estados Unidos de América estão interessados, à semelhança de outros países.

"Sabemos que o nosso país está no processo de reconstrução, porque sofreu bastante, no passado, com consequências do conflito e não se consegue repor tudo em pouco tempo”, reconheceu, afirmando que, mesmo assim, muito já foi feito durante os 22 anos de paz que o país vive.

O que se pode testemunhar, afirmou, é que o país tem rumo e o que se precisa é ter esperança e firmeza que melhores dias virão.

O interlocutor reconheceu que no país muitos cidadãos vivem ainda dificuldades, mas devem ter esperança por dias melhores, "já que todos somos filhos desta mesma Pátria”.

Segundo a fonte, as visitas feitas foram bastante proveitosas, porque, além de constatar o potencial existente, visou, também, saber onde os angolanos residentes na diáspora podem ajudar.

"O nosso objectivo é de constatar, também, onde nós podemos ajudar e qual pode ser a parte da nossa intervenção, como forma de contribuir para o desenvolvimento do nosso país”, disse, manifestando a disponibilidade da delegação integrada por cidadãos formados em engenharia, gestão empresarial, arquitectura, formação profissional, entre outros.

"As nossas delegações são compostas por vários elementos de diversos níveis académicos, em que  se inclui engenheiros, arquitectos, médicos, bem como profissionais na área empresarial e formação de quadros. Cada um de nós constatou a área na qual mais queira contribuir”, referiu para garantir que os integrantes estão a levar um bom testemunho e depoimento da realidade do país, em conformidade com as visitas feitas por diversos grupos no país.

 
Empresário Manuel dos Santos reside na Namíbia


Empresário quer apostar na Hotelaria e Turismo no Huambo

O cidadão Manuel dos Santos, um dos angolanos residentes na diáspora, na República da Namíbia, disse que pretende investir no Huambo, concretamente no sector do Turismo e Hotelaria, de modo a gerar mais receitas para os cofres do Estado e criar empregos.

Manuel dos Santos, empresário que vive no país vizinho há mais de 30 anos e que pretende regressar ao país com o intuito de contribuir no fomento do turismo e restauração, disse que o sector tem de ser visto como pilar do desenvolvimento económico e fonte de riqueza para a diversificação da economia nacional.

O cidadão angolano, que mostrou interesse em dar o seu contributo para o crescimento sustentável do país e da província do Huambo, assegurou que em todos os sectores da economia, o turismo representa um vector privilegiado para a redução da pobreza.

Manuel dos Santos, que falava sábado, no encontro em que a governadora do Huambo, Lotty Nolika, manteve com um grupo de 26 angolanos residentes na diáspora, destacou que o ambiente de paz que se desfruta em Angola, há 22 anos, tem sido a alavanca para um rápido crescimento económico no sector.

A fonte acrescentou que o desenvolvimento do turismo em Angola ainda é embrionário e com poucas oportunidades, sobretudo nas províncias.

De acordo com ele, o país tem uma vantagem e oportunidade para transformar o turismo num sector estratégico e poder impulsionar o desenvolvimento económico e social, no sentido de proteger e valorizar os recursos ambientais importantes, para atrair o fluxo de turistas não somente locais como internacionais.

Metas a alcançar

O director do Gabinete Provincial da Cultura e Turismo no Huambo, Jeremias da Piedade, salientou que as principais metas a serem atingidas no âmbito do turismo, passam necessariamente por colocar Angola no topo do destino turístico a nível da África.

Na sua intervenção, vaticinou que são metas que podem ser alcançadas, tendo em conta o potencial turístico que a província do Huambo dispõe e que ainda não está a ser aproveitado como tal.

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