Política

Angolanos no estrangeiro chamados a contribuir para o desenvolvimento

Elizandra Major

Jornalista

Os angolanos residentes na diáspora foram exortados a continuar a contribuir para o crescimento e desenvolvimento do país com o seu saber nos vários domínios.

04/04/2024  Última atualização 09H39
Comunidades no estrangeiro foram convidadas a investir no país, por existir uma série de oportunidades de negócio © Fotografia por: Edições Novembro
O apelo foi deixado ontem, em Luanda, no encerramento do 1° Encontro Nacional com os angolanos residentes na diáspora, que decorreu sob o lema "Angola, o país real no contexto político, económico e social”.

Na leitura do comunicado final, o presidente do Movimento Nacional Angola Real (MONAAR), Mateus Sebastião, disse que é chegado o momento dos angolanos residentes na diáspora poderem contribuir para o crescimento e desenvolvimento de Angola, de modo a alavancar a economia do país.

Mateus Sebastião realçou que, durante o encontro, os participantes foram convidados a investir no país, por existir uma série de oportunidades de negócio, "na qual podem fazer investimento, no sentido de satisfazer a demanda que se mostra alta”.

O responsável revelou que o MONAAR constitui um eixo activo e dinâmico na ligação entre o Governo e os angolanos na diáspora.

"O país está aberto para receber, de todos os seus filhos, contribuições que concorram para o seu desenvolvimento”, afirmou. Quanto à capacidade de energia disponível no âmbito do projecto de centrais fotovoltaicas, a longo e médio prazos, o presidente do MONAAR informou, também, que existe, actualmente, no país, muita oferta de energia eléctrica, tendo frisado que há apenas dificuldades na distribuição da mesma.

No sector da Saúde, explicou que as delegações tomaram conhecimento do quadro das infra-estruturas construídas, recentemente, pelo Estado angolano, com vista à resolver a demanda das necessidades dos cuidados médicos e medicamentosos.

Mateus Sebastião disse, igualmente, que as delegações das comunidades no estrangeiro foram informadas sobre a iniciativa que o Estado tem de privatizar a gestão de determinadas estruturas, no sentido de diminuir a carga de responsabilidade financeira.

Abordagem sobre as autarquias

A delegada de Espanha, Josefa Albino, que abordou o tema "A Organização do Território e as Autarquias Locais”, disse esperar das autarquias uma maior participação da população na governação, com resultados e políticas que impactem nas suas vidas.

"O modelo de governação concentrada mostra que não há uma aproximação do Governo com a população e que os serviços não estão aproximados”, salientou.

No âmbito do orçamento participativo, considerou que deve estar previsto o orçamento com o cidadão, bem como com a Comissão dos Moradores, por formas de existir participação de todos e evitar erros do passado.

"Temos previsões e expectativas que com as autarquias as más práticas sejam abolidas e sejam feitas acções positivas”, realçou a representante do Reino de Espanha.

O administrador municipal de Cacuaco, Auxílio Jacob, que participou do 1° Encontro Nacional com os angolanos residentes na diáspora, na condição de prelector, considerou que o país está empenhado em realizar as autarquias locais, mas, acrescentou, "é preciso que haja logística, capacidade económica, porque autarquias precisam estar baseadas na sustentabilidade de suportar as independências, desde a formação de quadros, criação e construção de infra-estruturas, e, acima de tudo, na competência dos futuros autarcas”.

Auxílio Jacob disse, ainda, que a realização da Conferência Nacional dos Angolanos Residentes no Exterior revela que os cidadãos na diáspora estão preocupados com o desenvolvimento do país, nos mais variados sectores. "A Conferência trouxe novas experiências no que toca à visão dos cidadãos na diáspora. Os cidadãos precisam ter contacto com a realidade das acções da Administração do Estado”, defendeu.

Participantes esclarecidos

O participante João Paulo, residente há mais de trinta anos na Itália, formado em Navegação e Pescas, disse estar bastante esclarecido com os temas abordados na conferência e sai do encontro com uma visão diferente do país.

Já Vivaldo Gomes, residente na Alemanha, reconheceu o crescimento do país nos sectores das Infra-estururas, Saúde, bem como na Educação.

"Eu não venho para Angola desde 2018, mas depois de ter visto a realidade do país, passarei a defender mais a minha Angola e vou poder falar com mais propriedades das potencialidades que ela oferece”, realçou.

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