Política

Angolanos na Namíbia recebem apoios do Governo

Os mais de dois mil angolanos refugiados na localidade de Omatunda, região de Omusati, no Norte da Namíbia, provenientes dos municípios dos Gambos e Chibia (Huíla), e da Cahama e Curoca (Cunene), devido à estiagem que se regista no Sul do país, receberam bens alimentares e de higiene, entregues pelo Governo Provincial do Cunene.

25/05/2021  Última atualização 08H00
Governadora sugeriu o regresso dos angolanos às regiões de origem para facilitar o apoio © Fotografia por: Edições Novembro
Tratou-se de 32 toneladas de produtos diversos, entre os quais 276 sacos de arroz de 25 quilogramas, igual quantidade de fuba de milho, 225 de feijão, 114 caixas de óleo vegetal, 138 caixas de massa alimentar, 112 caixas de sardinha em conserva, 73 sacos de sal, 57 sacos de açúcar e 73 caixas de sabão azul.

  A governadora do Cunene, Gerdina Didalelwa, que entregou o donativo, após visita de dois dias às regiões de Ohan-gwena e Omusaty, Norte da Namíbia, falou da necessidade de se criar condições para o retorno ao país dos angolanos que emigraram por causa da seca, para serem assistidos nas províncias de origem.

Gerdina Didalelwa apontou a distância e as dificuldades na transportação dos bens alimentares, assim como o encerramento da fronteira devido à Situação de Calamidade Pública, vigente no país, como elementos que condicionam o abastecimento regular, ao que sugeriu o retorno a Angola para melhor assistência.

A governadora inteirou-se da situação de um outro grupo de cerca de 150 angolanos, entre mulheres e crianças, que seguiram seus maridos a trabalharem há alguns anos em fazendas na região de Ohangwena, e que devido ao encerramento da fronteira ficaram impedidos de regressar às zonas de origem. Gerdina Didalelwa agradeceu às autoridades namibianas pelo acolhimento e apoio prestado aos angolanos desde a sua chegada até ao momento.
Autoridades namibianas
A governadora do Cunene abordou com os homólogos de Omusati e de Ohanguena, Erginus Endjala e Valdery Ndevasia, respectivamente, questões relacionadas com a situação ao longo da fronteira comum, nomeadamente a entrada e saída ilegal de cidadãos de Angola para a Namíbia e vice-versa, à procura de melhores condições de vida, o furto de bens, tráfico de drogas e o contrabando de combustível.   Os governadores discutiram, também, questões relacionadas com o comércio transfronteiriço, saúde e educação. A este propósito, a delegação angolana foi informada que mais de dois mil cidadãos angolanos foram assistidos nos últimos meses pelos serviços de Saúde da Namíbia, com destaque para trabalhos de parto e tratamento da tuberculose.   Os governantes foram unânimes quanto à necessidade de serem revistos e materializados os memorandos produzidos em vários domínios no sentido de se debelar algumas situações que dificultam a vida dos cidadãos residentes na região fronteiriça.

Elautério Silipuleni e Albino Hitotonanye | Ondjiva

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Política