Economia

Angola vai promover a exportação do amido de mandioca

O Executivo angolano está apostado em criar programas de aproveitamento e agregação de valor à produção de mandioca com uma produção anual estimada em mais de 11 milhões de toneladas.

11/01/2021  Última atualização 20H35
© Fotografia por: DR
O assunto foi analisado nesta segunda-feira, em reunião do Conselho de Direcção do Ministério da Indústria e Comércio quando se fazia o balanço do ponto de situação sobre o Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural.

Segundo um documento que o Jornal de Angola teve acesso, para a concretização do objectivo, o Ministério da Indústria e Comércio, através da Direcção Nacional de Desenvolvimento do Comércio Rural, vai criar programas específicos de aproveitamento da mandioca através da promoção da produção do produto bem como na criação de incentivos à compra, transformação e consumo dos vários subprodutos derivados da mandioca.

Angola é hoje o terceiro maior produtor de mandioca em África e consta do top 20 mundial e vê nessa condição uma excelente oportunidade para tirar vantagens dessa realidade. Actualmente, o Brasil é campeão na transformação da mandioca, uma realidade que já chegou a Moçambique e que, aos poucos, vai chegando a Angola.

Do processo de aproveitamento da mandioca, além do fabrico da farinha de mandioca (fuba de bombó), utilidade mais conhecida entre os angolanos, noutras latitudes, a mandioca é igualmente utilizada como condimento alimentar, desde adoçante, chips de mandioca, pastelaria, etc. 

A mandioca é a terceira maior fonte de carboidratos, depois do arroz e milho. A mandioca, além de ser um alimento altamente nutritivo e versátil na cozinha, podendo ser consumida cozida, frita e ensopada, além de servir como acompanhamento em uma grande variedade de pratos.

O amido da mandioca é muito utilizado na indústria alimentar. Actualmente a China é o maior importador de amido de mandioca e todos os anos despende cerca de 350 milhões de dólares e os Estados Unidos da América despendem igualmente mais de 50 milhões de dólares na importação de amido de mandioca, além da demanda vinda igualmente da Europa.

Assim, Angola vai levar a cabo, este ano, programas de incentivo ao surgimento da pequena e média indústria transformadora no meio rural com vista a criar condições que garantam um maior e melhor aproveitamento da mandioca, sobretudo na facilitação da sua transformação e o aproveitamento do amido para a sua exportação em grande escala.

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