Economia

Angola reúne potencial para obras rodoviárias

João Upale | Moçâmedes

Jornalista

A primeira fase da reabilitação de Centrais de Emulsões Betuminosas das províncias de Luanda, Benguela e Namibe, para a qual o Governo assinou um protocolo de concessão com a companhia Proasgol, confere ao país uma capacidade de armazenagem de 1.800 toneladas de betume puro por ano.

16/04/2024  Última atualização 12H07
Ideia das centrais é agilizar obras de reabilitação e manutenção © Fotografia por: Jeovâni Cola | Edições Novembro
A informação foi avançada pelo ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Construção, Carlos Santos, durante a assinatura do designado Protocolo para a Concessão, Reactivação, Conservação, Gestão e Exploração das Centrais de Emulsões e Betuminosas de Luanda, Benguela e Namibe, na sexta-feira, em Moçâmedes.

Carlos Santos referiu que, no fim da primeira fase, a empreitada resulta numa capacidade total de tratamento e transferência de 30 mil toneladas de betumes e uma produção de 20 mil toneladas de betumes modificados ao ano, em materiais obtidos da Refinaria de Luanda.

De realçar que o betume nacional precisa de tratamentos específicos para obter certificação, embora apresente propriedades óptimas para o fabrico de derivados asfálticos e modificação com polímeros.

O governante sublinhou que a Central de Emulsão Betuminoso de Luanda, que está orçada em quatro milhões de dólares, vai atender a região Norte, Centro e Sul do país na produção e armazenamento de betume e derivados asfálticos para pavimentos rodoviários.

"Este acto representa para o sector das Obras Públicas um marco importante de reposicionamento do papel do Estado”, salientou Carlos Santos, considerando ser esse um investimento estratégico, dada a localização das centrais, todas implantadas no litoral, que podem ser servidas pelas rotas de cabotagem.

A ideia dessas centrais, adiantou o ministro, foi a de apoiar a celeridade dos programas de reabilitação, manutenção e conservação das estradas, bem como de regular o mercado, que por vezes apresenta disparidades de preços.

Sector privado

O ministro considerou que o sector privado deve começar a ser estimulado a ter um papel mais relevante no desenvolvimento do sector das Obras Públicas. "Ao termos esse investimento privado, estamos a assegurar a disponibilidade desse importante material para a reabilitação, conservação e manutenção das nossas estradas, a reforçar a regulação dos preços e a permitir a obtenção de proventos pelo Estado".

Carlos Santos salientou que, para além do investimento que a empresa privada está a fazer, o Estado recebe por este contrato de concessão uma importante quantia financeira por mês, que deve entrar para os cofres do Estado e ser aplicada em programas prioritários.

A estrutura vai colocar à disposição dos jovens,, principalmente nacionais, 180 postos de trabalho.

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