Economia

Angola pretende reduzir para 20 por cento participação petrolífera no PIB até 2027

Vânia Inácio

Jornalista

O país pretende baixar para 20 por cento, a contribuição do sector petrolífero no Produto Interno Bruto (PIB) até 2027, segundo o ministro da Economia e Planeamento.

29/11/2022  Última atualização 07H30
Ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João © Fotografia por: Vigas da Purificação| Edições Novembro

Mário Caetano João que falava ontem, em Luanda, na abertura da primeira edição do fórum " Global Business Angola" (GBA) informou que, a contribuição do sector Petrolífero no PIB saiu de 42 por cento, em 2011, para 28 por cento, em 2022.

Para o governante, o sucesso do programa de estabilização macroeconómica em curso desde 2018, permitiu Angola sair do longo período de recessão económica, em 2021, com o crescimento do sector não petrolífero a atingir 6,4 por cento.

 

Oportunidades

De acordo com o ministro da Economia e Planeamento, o Executivo angolano considera o agronegócio um segmento determinante para o crescimento económico, para a transformação de Angola num dos principais produtores de alimentos em África, à luz do Plano de Desenvolvimento Nacional (PND) 2023-2027.

Neste fórum, Angola apresenta aos investidores dos EAU as oportunidades para investir neste sector agrícola, quando para esse quinquénio o Estado pretende desembolsar cerca de três mil milhões de dólares, no sector agrícola, com o programa PLANAGRÃO.

Para tal, segundo o ministro, o Governo pretende contar com os sectores Fiscal,  Monetário e Externo no continuo equilíbrio das contas, bem como o potencial do capital humano, além do sector privado, para alcançar os objectivos pretendidos.  

"O país está a desbloquear a cada ano, no que toca a produção vegetal e animal. O pais é virgem e tem cerca de 50 milhões de hectares de terras aráveis e utilizamos cerca de 15 a 20 por cento. Portanto é muito baixo", disse.

Organizado pela Câmara de Comércio do Dubai em parceria com o Ministério da Economia e Planeamento, o fórum de três dias, comporta intensos debates, distribuídos por vários painéis, mesas redondas e encontros entre investidores.

A iniciativa visa fomentar as sinergias entre os EAU e Angola na captação de  investimento privado para o desenvolvimento das competências técnicas e de gestão do país.

O  volume de negócios entre os dois países é de aproximadamente dois mil milhões de dólares, dos quais 1,6 mil mi-lhões, correspondem a exportação de bens para o Dubai, sendo que os EAU importa de Angola, bens no valor de 400 milhões de dólares. 

A área que mais atrai investidores dos Emirados é o mineiro, com realce para as pedras preciosas, como o diamante. Existem já alguns negócios de produção de fertilizantes.

 

Sector diamantífero

O presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (SODIAM), Eugénio Pereira Bravo da Rosa, apresentou as oportunidades de negócio no sector Diamantífero avaliados em 575 milhões de dólares. Neste particular, o realce dos investimentos avaliados em 200 milhões de dólares, estão localizados nas minas de Lunhinga (Lunda-Norte), Luaxe (Lunda-Sul), sendo que duas já estão em produção.

Actualmente, o sector diamantífero angolano tem doze depósitos secundários e dois primários, e perspectiva para este ano, é uma produção de 10 milhões de quilates, avaliados em 1.800 mil milhões de dólares, com uma tendência de crescimento anual de 10 por cento.

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