A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, participa, desde quarta-feira, na cidade de São Paulo, Brasil, na primeira reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais do G20, no âmbito da presidência rotativa daquela organização pelo Brasil.
A agenda da delegação angolana contempla, ainda, reuniões bilaterais da ministra das Finanças com o seu homólogo do Brasil, Fernando Haddad, e com o subsecretário do Departamento do Tesouro Americano, Jay Shambaugh, para abordarem assuntos do âmbito da cooperação bilateral e multilateral.
Angola participa, igualmente, na trilha Sherpas, composta por 15 grupos de trabalho e duas forças-tarefa, através do Ministério das Relações Exteriores, que engaja as diversas instituições nacionais de acordo com as várias temáticas da agenda de trabalhos Sherpas.
Ao assumir a presidência do G20, o Brasil anunciou que convidaria oito países não-membros para participarem nas reuniões de especialidade e cimeiras do seu programa de trabalho, nomeadamente Angola, Egipto, Nigéria, Espanha, Portugal, Noruega, Emirados Árabes Unidos e Singapura.
A perspectiva é ventilar um realinhamento da política externa brasileira com a agenda dos outros países em desenvolvimento, focalizando a sua presidência em três prioridades: "Inclusão Social e Combate à Fome e à Pobreza”, "Transição Energética e Desenvolvimento Sustentável” e a "Reforma das Instituições de Governação Global”.
Os ministros das Finanças e vice-governadores dos bancos centrais do G20 discutem assuntos ligados ao papel das experiências nacionais e da cooperação internacional das políticas económicas para resolver a desigualdade, perspectivas do crescimento económico global, inflação, emprego e estabilidade financeira, tributação internacional para o século XXI e o papel da dívida global e das finanças para o desenvolvimento.
O G20, criado em 1999, é formado pelos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana, admitida como membro permanente em 2023, e conta com duas trilhas, a das Finanças, Sherpa e Forças-tarefas. O Brasil defendeu, ontem, uma nova globalização centrada nos desafios sociais e ambientais que o mundo atravessa, na abertura oficial do encontro.
"Precisamos entender as mudanças climáticas e a pobreza como desafios verdadeiramente globais, a serem enfrentados por meio de uma nova globalização ‘socioambiental’”, disse o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, que discursou na abertura da reunião.
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