Economia

Angola na conferência sobre parceria do sector privado

Uma delegação angolana, chefiada pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, participa, desde ontem, em Berlim, Alemanha, na 16ª edição da conferência “Africa Global Business Summit”, cujo tema genérico é “promover as parcerias globais do sector privado em África, perspectivas e desafios”.

24/03/2023  Última atualização 09H05
Mário Oliveira (ao centro) disse que a delegação está a apresentar as © Fotografia por: DR

Durante dois dias, mais de 100 convidados, entre  membros de governos, embaixadores, formuladores de políticas, investidores e CEO de empresas africanas e internacionais analisam  como a transformação digital está a moldar o futuro de África, além de discutir a questão das energias renováveis e como o investimento no sector da Energia mudará as economias do continente.

A revolução do agronegócio, cadeia de valor e investimento, assim como de infraestrutura, construção, imobiliário e Cidade Inteligente são outros assuntos em abordagem no encontro que termina hoje.

O ministro Mário Oliveira disse que a delegação angolana, integrada pelos presidentes dos Conselhos de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) e da empresa Angola Cables, bem como de administradores da Sonangol, está a mostrar as mais variadas potencialidades do país, o que o Governo tem feito, as reformas estruturais e a estabilidade política, para que potenciais investidores possam deslocar-se a Angola e, com o Governo, contribuir para o desenvolvimento do país.

"Como sabemos, Sua Excelência o Presidente João Lourenço tem feito um trabalho árduo no que toca à diplomacia económica e compete a nós dar corpo àquilo que têm sido as orientações para que possamos ter um país com o desenvolvimento esperado, com a contribuição do investimento estrangeiro e não só”, ressaltou.

O PCA da AIPEX considerou que o evento é mais uma oportunidade de Angola poder mostrar-se ao mundo. "Penso que estamos perante uma assistência que pode ajudar a construir uma plataforma importante, particularmente para a divulgação daquilo que são as oportunidades de investimentos e negócios que temos nos mais variados sectores da nossa economia”, disse Lello Francisco.

Ao olhar para os temas da conferência, o responsável máximo da AIPEX disse tratar-se de assuntos de interesse nacional que a instituição que dirige quer promover. "Esperamos sair daqui com uma base de contactos para possíveis parcerias e mais investimentos para o nosso país”, referiu.

Kátia Epalanga, administradora executiva da Sonangol, disse que a petrolífera está presente na cimeira como forma de olhar para aquilo que são os investimentos fora de Angola.

"Temos a nossa primeira cadeia de valor, que é a produção de óleo e gás e, num contexto de transição energética, estamos a trabalhar com várias iniciativas, tendo em conta a estratégia das energias renováveis. E tendo em conta que temos já vários projectos definidos a nível da Sonangol, a busca de investidores e parceiros é um grande desafio”, considerou Kátia Epalanga, lembrando que a Alemanha já tem estado a fazer parte desta iniciativa, com a produção de hidrogénio verde. "Estamos à procura de mais investidores para os outros projectos no âmbito da transição energética”, disse.

  Serviços de telecomunicações no país

Durante o encontro, a delegação angolana deve, igualmente, apresentar a vantagem de vender ao mundo, para além dos serviços de comunicação do Angosat-2, a conectividade do cabo submarino, um projecto implementado pela empresa Angola Cables.

"O nosso foco é vender fora de Angola, então, o nosso objectivo aqui (neste encontro) é fazer parceria e vermos se conseguimos recuperar o tempo feito com a maturação do negócio”, referiu o PCA da Angola Cable, Augusto Carvalho.

A Embaixada de Angola na Alemanha é co-organizadora da gala de premiação do fórum Africa Business Summit. A embaixadora Balbina da Silva congratulou-se com a parceria, porque permitiu que estivessem, em Berlim, responsáveis de sectores importantes da economia angolana, para que pudessem mostrar o potencial que Angola tem e chamar a atenção dos investidores ou parceiros, não só para a indústria petrolífera, mas também para o turismo, agricultura e outras áreas consideradas de extrema importância.

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