Desporto

Angola empata e complica qualificação à segunda fase do CHAN

António de Brito

Com o segundo empate (0-0) frente à congénere da Mauritânia, em jogo referente à terceira jornada do Grupo D, disputado no Estádio Olímpico de Oran, a Selecção Nacional de futebol complicou, esta sexta-feira, a qualificação à segunda fase do CHAN, com sede na Argélia.

21/01/2023  Última atualização 09H00
Selecção angolana já não depende de si para seguir adiante na competição, depois do resultado de ontem © Fotografia por: Agostinho Narciso |Edições Novembro
Os Palancas Negras entraram com tudo, porque era um desafio em que só os três pontos interessavam para as aspirações do "onze” nacional. Sabendo da importância de vencer o desafio, o seleccionador Pedro Gonçalves mexeu no esquema táctico, mas não abriu mão do "onze” do primeiro encontro, frente ao Mali. Ao invés do 4-2-3-1, o seleccionador angolano optou pelo esquema táctico de 4-3-3, colocando três jogadores no ataque, com o intuito de resolver o jogo na etapa inicial.

De forma inteligente, a Selecção Nacional optou pela circulação da bola na zona do meio-campo para obrigar o adversário subir no terreno e, depois, sair em contra-ataques mortíferos. Aos 15 e 19 minutos, Angola falhou duas situações claras para visar a baliza de Namouri, sendo a mais flagrante desperdiçada por Jaredi. Com o guarda-redes já batido, o médio tricolor cabeceou para cima, quando deveria ser para baixo.

Também a jogar no sistema 4-3-3, a Mauritânia dificultava o jogo ofensivo da equipa nacional, pressionando o jogador com ou sem bola. Com os espaços fechados, a formação angolana vezes sem conta teve de recuar o jogo para atrair à equipa mauritaniana a subir no terreno. Os comandados de Amir Abdou dificultavam as ideias de jogo dos pupilos de Pedro Gonçalves, bem como os propósitos de estarem a vencer ao intervalo.

Apesar do nulo, Angola fez um jogo bem conseguido, mas pecou no capítulo da finalização.

No regresso dos balneários, a Selecção Nacional entrou bastante apática e presa nos movimentos, permitindo que o adversário jogasse a seu "bel-prazer”.

O ataque angolano esteve desalojado. Depú não apareceu no jogo. Além da marcação cerrada, o avançado do Petro de Luanda não "explodiu”. Também os médios alas angolanos não conseguiam ganhar a linha do fundo para assistirem os pontas. Preocupado com o desempenho da equipa, Pedro Gonçalves efectuou duas substituições, com o objectivo de refrescar a defesa e o meio-campo. Entraram Keliano e Julinho para os lugares de Herenilson e de Jaredi. Vendo a vida complicada, o seleccionador nacional despertou tarde e foi obrigado a fazer três mexidas de rajadas, de modo a alterar o curso da história. Paizo (Tó Carneiro), Lepúa (Lulas) e Kibeixa (Eddie Afonso).

Angola só pode queixar-se de si mesma, porque não conseguiu traduzir em golos as ocasiões criadas. 

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