Política

Angola e Zâmbia anunciam construção de um oleoduto

César Esteves

Jornalista

Angola e a Zâmbia estão envolvidos num projecto virado para a construção de um oleoduto, uma canalização utilizada para o transporte de petróleo e seus derivados.

12/04/2024  Última atualização 09H14
Chefe de Estado, João Lourenço, recebeu, ontem, em Luanda, cumprimentos de despedida do diplomata zambiano © Fotografia por: Contreiras Pipa| Edições Novembro
A informação foi avançada, ontem, em Luanda, pelo embaixador Laurence Chalungumana, à saída de uma audiência com o Presidente da República, João Lourenço, no Palácio Presidencial da Cidade Alta.

Laurence Chalungumana, que foi ao Palácio Presidencial para apresentar os cumprimentos de fim de missão ao estadista angolano, adiantou que este projecto pode estar concluído já no segundo trimestre deste ano. "A Zâmbia vai ser fornecedora secundária de derivados de petróleo de oito países vizinhos", ressaltou o diploma, sem precisar estes países.

Ainda no domínio dos Petróleos, o diplomata deu a conhecer que o país está interessado em cooperar com Angola na Refinaria do Lobito, em Benguela. Laurence Chalungumana revelou, igualmente, que a Zâmbia vai passar a comprar energia a Angola. "Só faltam as infra-estruturas de inter-conectividade", atestou.

Na área da Saúde, o diplomata zambiano em fim de missão reiterou a vinda a Angola de médicos do seu país que vão trabalhar na fronteira entre os dois países.

Laurence Chalungumana, cuja missão em Angola durou sete anos, disse que o encontro com o Presidente da República foi, também, uma oportunidade para falar das relações entre os dois países. "O encontro serviu para fazer um balanço da minha missão em Angola e do nível alto que as relações entre os dois países atingiram", concluiu.

Encontro com o ministro das Relações Exteriores

Téte António, ministro das Relações Exteriores, recebeu, na tarde de ontem, em Luanda, Lawrence Chama Chalungumana, embaixador da Zâmbia em fim de missão na República de Angola. A ocasião serviu para o embaixador zambiano apresentar os cumprimentos de despedida ao chefe da diplomacia angolana, depois de sete anos à frente da representação do seu país em Angola. No encontro, as duas entidades falaram do incremento das relações político-diplomáticas, económicas e comerciais entre os dois países, reflectidos durante o mandato de Lawrence Chama Chalungumana em Luanda.

Durante a audiência, o embaixador expressou a gratidão pelo apoio concedido pelo Governo angolano, reconhecendo os progressos alcançados e a importância do diálogo e da cooperação bilateral para a estabilidade da Zâmbia e também da região.

As duas entidades abordaram a importância da integração do Corredor do Lobito, da necessidade do envolvimento do sector privado nos projectos de interesse comum e da revisão de alguns instrumentos jurídicos ligados à transformação e transportação de energia eléctrica para a Zâmbia.

Nascido a 6 de Junho de 1971, o embaixador Lawrence Chama Chalungumana tem mais de 20 anos de serviço na Função Pública, trabalhou em vários Departamentos Ministeriais do seu país e é graduado em Gestão de Segurança.

Como diplomata, emprestou o saber nas áreas de Relações Bilaterais e Multilaterais de alguns países, dentre os quais o Madagáscar. Foi oficial de ligação da SADC e monitor de resolução de conflitos na região Austral, sobretudo, na África do Sul e no Reino do Lesotho, na qualidade de membro da Missão de Observadores Eleitorais da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral.

Este diplomata já foi director dos Serviços de Segurança Interna, director-adjunto dos Assuntos de Operações Externas, alto comissário da Zâmbia em Pretória (África do Sul) e 1° secretário da Embaixada na República Federativa do Brasil.

  Embaixador da Venezuela também foi à Cidade Alta

Numa outra audiência, o Presidente da República recebeu o embaixador extraordinário e plenipotenciário da República Bolivariana da Venezuela, Marlon José Peña Labrador, que se deslocou ao Palácio da Cidade Alta também com a finalidade de apresentar os cumprimentos de fim de missão.

À saída da audiência, Labrador adiantou à imprensa que o encontro permitiu falar do reforço dos laços de amizade, solidariedade, cooperação e de complementaridade entre os dois países, assim como dos desafios futuros.

"Transmitimos a mensagem de agradecimento e de saudação do Presidente Nicolás Maduro, sobretudo no que diz respeito aos esforços da manutenção da paz na Região dos Grandes Lagos e em África, de uma maneira geral", ressaltou o diplomata, informando que termina a missão com o sentimento de dever cumprido. O consulado de Marlon Pena Labrador durou cinco anos e três meses.

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