O Embaixador da República de Angola na Federação da Rússia e na Comunidade dos Estados Independentes, Augusto da Silva Cunha, entregou, esta terça-feira, as cartas credenciais ao presidente da Mongólia, Ukhnaagiin Khürelsükh, para dar início às funções naquele Estado, na condição de embaixador não-residente.
O diário generalista chinês CGTN, do Grupo Media da China, publicou, ontem, na sua versão digital, um artigo em que se refere a Angola como um actor regional visto pela República Popular da China como essencial na África Austral.
No artigo em referência, por ocasião do 10º aniversário do conceito defendido pelo Presidente Xi Jinping, denominado "Comunidade com futuro partilhado pela humanidade”, a assinalar-se no dia 23 do mês em curso, o autor argumenta que o aprofundamento das relações entre China e Angola produziram, nos últimos anos, benefícios práticos para ambos os países.
Refere que o final da guerra civil angolana, em 2002, permitiu o acesso do país ao mercado financeiro mundial, embora com algumas restrições. Naquela época, descreve ainda o articulista, a parceria entre Pequim e Luanda tornou-se fundamental para o processo de reconstrução das infra-estruturas destruídas pelo conflito armado.
Acrescenta, por outro lado, que a cooperação sino-angolana permitiu a alocação de fundos para renovar estradas, hospitais, escolas, transporte e instalações públicas.
"A construção da Centralidade do Kilamba, Aeroporto de Kuito, Hospital Geral de Luanda, bem como um porto de águas profundas e o projecto de abastecimento de água à província de Cabinda, demonstraram os impactos positivos produzidos pelas empresas chinesas na qualidade de vida dos angolanos”, lê-se no artigo.
Diplomaticamente, observa ainda o jornal, as relações entre os países são consubstanciadas em "diálogos bilaterais permanentes e uma densa estrutura de instituições multilaterais”, citando como exemplos a realização dos fóruns de cooperação China-África e para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua portuguesa.
A relação bilateral sino-angolana, segundo a publicação editada em Pequim, ganhou um novo impulso com a recente reunião entre o Chefe de Estado angolano, João Lourenço, e o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, realizado no pretérito dia 14 de Janeiro, em Luanda.
Na ocasião, sustenta o jornal, "enquanto o líder angolano manifestou o compromisso do país com o princípio único da China”, o diplomata chinês reiterou o reconhecimento de Pequim sobre o "papel de Angola como mediador” das tensões políticas entre a RDC e o Rwanda.
"A China vê Angola como um actor regional essencial na África Austral e que merece uma voz mais forte na ordem mundial”, descreve o diário chinês.
Sustenta o diário generalista chinês, afecto ao maior grupo de produção jornalística da China, que as relações económicas sino-angolanas evoluíram para além dos sectores do petróleo e infra-estrutura, atingindo à cooperação em tecnologias digitais, capital humano, finanças, imóveis, agricultura e indústria.
Sustenta o artigo do jornal, que a China e Angola partilham uma relação bilateral "muito forte”, confirmada com a inauguração, no ano passado, em Luanda, da empresa chinesa Huawei, um parque tecnológico com cobertura de 32 mil metros quadrados."O ministro angolano das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social e a representante da Huawei assinaram um memorando para treinamento de mais de mil e quinhentos jovens angolanos em tecnologia de informação e comunicação”, recorda a publicação no artigo que vimos citando.
Quatro décadas
de cooperação
A parceria estratégica entre a China e Angola, segundo o diário chinês CGTN, ganhou igualmente grande impulso a 12 de Janeiro, por altura da celebração dos 40 anos das relações políticas e diplomáticas entre ambos os países.
As festividades da efeméride, em Luanda, com um acto comemorativo organizado pela Embaixada da China em Angola, em que participaram cerca de 600 pessoas, incluindo funcionários políticos, militares, empresários e membros da sociedade civil angolana, na óptica da publicação, é uma prova evidente das excelentes relações entre os países.
Um dia antes, descreve o jornal, a ministra angolana das Finanças, Vera Daves de Souza, e o embaixador chinês, Gong Tao, assinaram um acordo de 249 milhões de dólares para a execução de uma rede de cabo de fibra óptica de dois mil quilómetros e instalação de uma conexão submarina com a província de Cabinda.
"Em 2022, apenas 36 por cento dos angolanos usava internet, uma percentagem muito menor do que a de outros países africanos, como a Namíbia, o Botswana e a África do Sul”, constata o jornal, assegurando que o acordo representa um "grande avanço” nos objectivos de Angola entrar para a economia digital.
"A comunidade chinesa em Angola apoia o desenvolvimento económico e social dos angolanos”, lê-se, ainda, no referido artigo.
O jornal refere-se ainda à Cidade da China, localizada na via expressa, em Luanda, como um "centro de negócios vital e de forte atracção turística”.
Revela o diário chinês que, em 2022, quase 20 mil chineses residem em Angola, adiantando haver, ainda, um "enorme potencial por explorar” nas relações de cooperação chinesas-angolanas.
Políticas de sucesso para revitalização rural e redução da pobreza com base nas tecnologias digitais, de acordo com a publicação asiática, podem fornecer "insignes” sobre a formulação de políticas públicas para Angola nessas áreas.
Paulo Caculo, em PequimSeja o primeiro a comentar esta notícia!
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