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Angola participou, na quarta-feira, no Rio de Janeiro, Brasil, no acto de formalização e pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no âmbito da Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, cuja delegação angolana é chefiada pelo ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
Angola defende o engajamento de todos os Estados da África Austral para resolução pacífica dos conflitos e tensões na região. O posicionamento foi declarado pelo Ministro das Relações Exterior, Téte António, na abertura do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas encarregados das questões de Segurança na África Central (UNSAC). Téte António disse no encontro que, Angola defende, igualmente , a coordenação entre actores e instituições engajadas, para uma advocacia a favor do planeamento entre o Processo de Luanda e o de Nairobi, no que diz respeito à República Democrática do Congo (RDC), se inscreve neste âmbito.
O diplomata elogiou os países que realizaram eleições pacíficas na região, tendo referenciado ser "um reflexo da maturidade política dos seus povos”. Neste sentido, o titular da pasta das Relações Exteriores salientou que a paz representa condição primária para a implementação e desenvolvimento de "qualquer" acção de governação.
Por outro lado, o responsável disse que Angola, não tem "poupado" esforços, na prática, para usar os mecanismos necessários para uma aplicação das vantagens perante as situações de conflito que ocorrem na África Central.
No entanto, proferiu ser neste âmbito que o Presidente da República, João Lourenço, Campeão para paz e reconciliação em África, designado pela União Africana (UA), tem envidado diligências para a procura de soluções pacíficas na região, em particular, para a pacificação do Leste da RDC e o melhoramento das relações entre aquele país e o Rwanda, em face do Processo de Luanda.
Téte António reconheceu os esforços do Chefe de Estado na República Centro Africana, bem como as propostas que levaram a realização das Cimeiras Extraordinárias da UA, realizadas em Malabo e respectivamente dedicadas aos temas do terrorismo e de mudanças inconstitucionais de Governo, que, segundo o dirigente angolano, visam os mesmos objectivos.
Na 57ª Reunião Ministerial do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas encarregado de questões de segurança da África Central (UNSAC), que decorreu sob lema: "Iniciativas de Mediação ao Nível Regional: Desafios e Oportunidades", Téte António sublinhou, no entanto, que para que a Mediação seja eficaz, a complementaridade constitui uma mais-valia para o alcance de resultados capazes de atingir os objectivos da Paz.
Angola assume Presidência
Angola assumiu ontem a Presidência rotativa do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas encarregado das questões de Segurança na África Central (UNSAAC).
No decurso da 57ª Reunião Ministerial do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas encarregado de questões de segurança da África Central, que contou com a presença de representantes e delegados de instituições internacionais, a República do Rwanda passou a presidência daquela organização a Angola, que assume um mandato que se estenderá até Novembro do ano em curso.
O embaixador do Rwanda em Angola, Charles Rudakubana, que representou o ministro dos Negócios Estrangeiros do seu país, salientou que os Estados-membros têm a responsabilidade de resolver e apoiar as iniciativas da presidência vigente, quer sejam regionais quer internacionais.
Charles Rudakubana realçou que a situação de segurança em alguns Estados-membros da UNSAC "será sempre um motivo de preocupação”. "A região da África Central está marcada pela presença de conflitos que enfraquecem os nossos Estados. Portanto, estas situações impõem uma colaboração, uma coordenação estreita no nosso espaço", afirmou.
Confiança da ONU
O Chefe do Escritório Regional das Nações Unidas para a África Central, AbdouAbarry, afirmou, na sua abordagem à margem do encontro, estar convencido de que Angola continuará a reforçar os esforços na continuação dos objectivos comuns deste Comité, que visa a promoção, a segurança e a estabilidade na África Central."O engajamento de Angola, pela Paz, foi várias vezes reconhecido e, por esta razão, devemos nos lembrar de que o Presidente angolano foi designado Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação no continente, que reconheceu assim o seu trabalho na mediação de RDC", explicou.
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