Economia

Angola defende cooperação para travar o contrabando de marfim

Domingos Calucipa | Lubango

Jornalista

O tráfico ilegal de marfim, resultante da caça furtiva de elefantes e rinocerontes, além de produtos derivados de outras espécies animais preciosas pode servir como uma forma de financiamento para o terrorismo e de branqueamento de capitais na região. A afirmação foi proferida ontem pelo director-geral da Unidade Financeira de Angola à margem da 47ª Reunião da Task Force do Grupo de Combate ao Branqueamento de Capitais para a África Oriental e Austral (ESAAMLG), que está a decorrer na cidade do Lubango, província da Huíla.

12/04/2024  Última atualização 12H22
Um dos perigos para os elefantes é a caça furtiva pelo marfim © Fotografia por: DR
Segundo Gilberto Kapessa, devido à extensa fronteira de Angola, "é crucial intensificar a cooperação com os países vizinhos para controlar as áreas fronteiriças”, como uma medida "para conter o tráfico das riquezas naturais de Angola”.

"É necessário aprimorar os  nossos métodos de combate à lavagem de dinheiro, melhorando a coordenação e cooperação entre os 21 países. Apenas assim teremos mais facilidade em combater essas práticas prejudiciais na  nossa região” acrescentou o director-geral da Unidade Financeira de Angola, Gilberto Kapessa.

A reunião, que termina hoje e conta com a participação de mais  de 800 autoridades dos 21 países membros da organização, debateu, até ontem, diversos temas, incluindo novas estratégias de prevenção ao branqueamento de capitais, prevenção do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa, crimes contra espécies animais protegidas e tráfico de capitais.

Conhecendo a ameaça à vida dos elefantes representada pela caça furtiva de marfim, em 2018, um grupo de cientistas dos Estados Unidos, Quénia e Malásia publicou um artigo na revista Science Advances, revelando avanços em técnicas genéticas e análise forense que permitiram identificar três grandes organizações criminosas envolvidas no contrabando de marfim da África entre 2011 e 2014.

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