Sociedade

Angola defende acções contínuas pelo ambiente

Weza Pascoal

Jornalista

A secretária de Estado para a Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável considerou, sexta-feira, em Luanda, fundamental os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) realizarem acções de continuidade em prol da protecção do ambiente.

13/04/2024  Última atualização 09H56
Paula Coelho quer medidas adequadas para melhor protecção contra as alterações climáticas © Fotografia por: DR

Paula Coelho pediu, no final do 7º Seminário do Núcleo Lusófono sobre Transparência, que encerrou, ontem, e reuniu especialistas de diversos países, para cada Estado-membro apresentar, com regularidade relatórios de actividades, de forma a criarem medidas adequadas para garantir uma melhor protecção e valorização do ambiente.

Para a secretária de Estado, é preciso que os Estados-membros prestem uma especial atenção aos projectos de Parceria pela Transparência no Acordo de Paris no mundo lusófono. Outro ponto que precisa de maior atenção, explicou, é a participação de Timor Leste nos debates sobre o ambiente.


Conhecimento

O assessor especial do Ministro da Agricultura e Ambiente de Cabo Verde, um dos convidados ao encontro, disse que ambicionam até 2030, promover o aumento do conhecimento sobre as mudanças climáticas e trabalhar para minimização dos impactos negativos, através do planeamento e da orçamentação das mudanças climáticas a todos os níveis.

Alexandre Rodrigues considerou fundamental, ao dissertar sobre "Os sistemas e arranjos institucionais para a transparência e Contribuições Nacionalmente Determinadas em Cabo Verde”, implementar um sistema de visão climática participativa, justa, eficaz e eficiente, capaz de integrar as mudanças climáticas nas políticas, planos e estratégias dos países.

Para o especialista, é, também, importante aumentar a resiliência face às mudanças climáticas e reduzir a emissão do dióxido de carbono e outros Gases de Efeito Estufa (GEE) entre os Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). "Temos de trabalhar mais para o reforço do acesso equitativo da população à informação e alertas climáticos, baseando-se no conhecimento e facilitados por uma diplomacia forte”, realçou.

 
Baixo carbono

A directora nacional de Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável de Angola, Cecília Silva, disse que a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas (ENAC 2022-2035), aprovada pelo Decreto Presidencial nº 216/22 de 23 de Agosto, tem como missão promover a transição para uma economia de baixo carbono.

Entre as tarefas da ENAC 2022-2035 constam, também, a de alavancar as oportunidades de financiamento climático, fomentar a cooperação internacional, reforçar as capacidades de Angola, tanto a nível institucional como da população, no domínio da observação sistemática e de análise, como forma de fortalecer a posição de Angola nas negociações climáticas internacionais.

 

O encontro

Durante quatro dias, os participantes do 7º Seminário do Núcleo Lusófono da convenção quadro das Nações Unidas sobre as alterações Climáticas debateram vários temas, entre os quais "O caminho da acção e da transparência até a COP30”, "As prioridades da COP30 e o papel da lusofonia” e "O projecto carbono azul”.

O encontro teve como principal objectivo fomentar a partilha entre os países lusófonos e aumentar a capacidade de dar respostas eficazes e eficientes aos resultados do ‘Global Stocktake’, um mecanismo de transparência das Nações Unidas para avaliação e acompanhamento das metas do Acordo de Paris.

Com a realização do evento espera-se consciencializar os participantes para os requisitos, principalmente no quadro do Acordo de Paris. Outra meta era fomentar a partilha entre os países quanto aos respectivos planos para os próximos dois anos, incluindo arranjos institucionais para o efeito, a partilha para a identificação de desafios e barreiras.

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