Falando em Juba, após a eleição da presidente da Assembleia Legislativa do Sudão do Sul ao cadeirão máximo da organização, Carolina Cerqueira destacou que as acções de apoio basear-se-ão, também, na promoção da paz e da segurança regional.

A eleição da nova presidente da organização ocorreu, ontem, durante a 13ª sessão ordinária da plenária do Fórum Parlamentar da CIRGL. Após o pleito, Jema Nunu Kumba comprometeu-se em incentivar e promover a diplomacia parlamentar no quadro dos esforços de pacificação dos países da região, a estabilidade, a democracia, com o foco voltado à melhoria das condições sociais das populações.

A sul-sudanesa é a primeira mulher a assumir o cargo e reforçou o compromisso para apoiar a iniciativa do Presidente João Lourenço, na obtenção da paz no Leste da República Democrática do Congo.

O Fórum Parlamentar da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos é uma organização interparlamentar que reúne Parlamentos nacionais dos 12 Estados-membros da CIRGL, nomeadamente, Angola, Burundi, República Centro Africana (RCA), Congo, Quénia, República Democrática do Congo, Rwanda, Sudão do Sul, Sudão, Uganda, Tanzânia e Zâmbia.

Pacificação regional

O secretário executivo do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) manifestou, ontem, em Juba, capital do Sudão do Sul, a necessidade de os Estados-membros apoiarem a iniciativa do Presidente angolano, João Lourenço, para a pacificação da região.

Na abertura da 13ª Sessão Ordinária da Plenária do Fórum Parlamentar da CIRGL, Onyango Kakoba afirmou que os Estados-membros da organização devem juntar-se aos esforços do Presidente angolano, cujo objectivo é o alcance da paz e da estabilidade das Repúblicas Democrática do Congo (RDC) e Centro Africana (RCA), em particular, como forma de garantir o bem-estar das populações e o desenvolvimento da região.

Kakoba destacou o facto de Angola se ter disponibilizado a enviar à RDC um contingente militar para assegurar as áreas de acantonamento dos elementos do M23 e proteger os integrantes do mecanismo Ad-Hoc de verificação, na sequência do cessar-fogo entre as tropas governamentais e os rebeldes.

De acordo com Onyango Kakoba, o fim dos conflitos na região, de forma pacífica, exige o comprometimento de todos os Estados-membros, engajando-os nas acções promovidas pelo Presidente João Lourenço.

Por isso, solicitou aos Parlamentos para a promoção de acções de advocacia junto dos Governos para que a iniciativa do Chefe de Estado, João Lourenço, atinja os objectivos preconizados.

Por seu turno, o Vice-Presidente do Sudão do Sul, James Wani Igga, elogiou os esforços do Presidente João Lourenço, destacando, também, a necessidade de uma conjugação de forças para o alcance da paz e da estabilidade na região.

Segundo James Wani Igga, os Estados-membros devem reforçar o compromisso para a paz, a unidade e a estabilidade, pressupostos para o bem-estar das populações e desenvolvimento da região. Pediu ainda a defesa dos Parlamentos regionais junto dos Governos locais para uma acção conjunta e concertada para se garantir e alcançar a paz.

Angola faz-se presente na 13ª sessão Ordinária da Assembleia Plenária com uma delegação chefiada pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira.