Especial

Angola conquista três categorias do Prémio SADC de Jornalismo

Edna Dala

Jornalista

Jornalistas angolanos conquistaram três categorias do Prémio SADC de Jornalismo, edição 2023, nomeadamente Imprensa, Rádio e Televisão.

18/08/2023  Última atualização 09H09
O pódio do Prémio SADC de Jornalismo foi ocupado por profissionais da comunicação social do país (dois da Angop e outros da TPA e RNA) © Fotografia por: Contreiras Pipa| Edições Novembro
Na categoria Imprensa, foram vencedores os jornalistas Francisca Augusto e Venceslau Mateus, ambos da Agência Angola Press (ANGOP).

Luís Mamana, da Radiodifusão Nacional de Angola (RNA) na província do Zaire, foi o grande vencedor na categoria correspondente, enquanto em Televisão o prémio sorriu para Ernesto Bartolomeu, da Televisão Pública de Angola.

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, felicitou os jornalistas nacionais pela conquista do prémio.

Numa mensagem enviada ao Jornal de Angola, Mário Oliveira realça que as reportagens vencedoras destacaram-se não apenas a nível nacional, mas também no contexto da África Austral, demonstrando profissionalismo, dedicação e compromisso para com a comunicação de qualidade, ajudando a moldar a consciência pública e a influenciar positivamente a Nação angolana e a região da SADC.

O ministro considera a distinção um testemunho vivo da sua valiosa contribuição na evolução dos media do país e da região Austral do continente africano, "assente numa comunicação transversal, construtiva, inclusiva e participativa, motivo inspirador para toda a classe de profissionais do sector, dentro e fora das fronteiras nacionais”.

Mário Oliveira termina a mensagem expressando "o mais vivo reconhecimento” do Governo de Angola a todos os jornalistas angolanos, especialmente aos que, desde 1996, vêm participando nas edições anuais do Prémio SADC de Jornalismo, instituído precisamente para coroar os melhores trabalhos jornalísticos e divulgar uma informação real sobre o processo de cooperação e de integração regional, enraizada em valores e princípios comuns.

Mais empenho dos jornalistas

O ministro das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social pediu, ontem, mais empenho dos jornalistas para a uma comunicação social plural que vá ao encontro do lema "formar e informar o nosso cidadão” para uma sociedade virada para o progresso.

Em declarações à imprensa, depois de felicitar os jornalistas distinguidos na 43ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo com o Prémio SADC de Jornalismo, Mário Oliveira disse que a concretização deste desafio só é possível se o país tiver cidadãos bem formados e informados com uso consciente e responsável de todos os sistemas tecnológicos.

Quanto aos jornalistas angolanos distinguidos nas categorias de Imprensa, Televisão e Rádio, o ministro referiu-se ao facto de não ter sido a primeira vez que quadros angolanos são premiados nesta categoria.

No quadro do grande desafio da Integração Regional, Mário Oliveira referiu que o Ministério tem desenvolvido, nos últimos anos, um conjunto de projectos com reflexos na inclusão, destacando as ligações por fibra óptica com os países fronteiriços e o Programa Espacial.

Relativamente a este programa, explicou que não se limita ao Angosat, mas também ao Satélite de Observação da Terra que está a ser desenvolvido para apoio à agricultura, indústria petrolífera, controlo fronteiriço, ambiente e a seca. Para o ministro, todo esse conjunto de acções contribuem para que Presidência de Angola na SADC traga benefícios para a região.

Confrontado sobre o Angosat-2 e algumas inquietações que se levantam sobre o mesmo, Mário Oliveira garantiu que "o satélite está de saúde e em condições operacionais”. Acrescentou que os quadros angolanos estão em condições de preparar, do ponto de vista técnico, a prestação de serviços aos países da SADC.

O ministro foi, igualmente, instado a esclarecer as razões da baixa qualidade do sinal da Internet que se tem registado nos últimos dias. Mário Oliveira apontou os cortes de fibra óptica na região do rio Zaire como estando na base do problema. Disse tratar-se de acontecimentos cíclicos que afectam o continente de forma geral. "São fenómenos naturais e não de intervenção humana”, garantiu.

Mário Oliveira informou que um consórcio internacional realiza trabalhos para a reposição dos cabos, esclarecendo, entretanto, que se trata de "um processo que tem os seus trâmites”. "Vamos continuar a trabalhar com os operadores para encontrar outras rotas, de forma a que a latência que hoje vivemos seja cada vez menor”, prometeu.

Outros vencedores

Na categoria dos vencedores regionais do concurso de redacção das escolas secundárias, em primeiro lugar sagrou-se o Botswana, em segundo o Reino eSwatini e a Tanzânia em 3ª lugar.

No concurso dos estudantes do Ensino Superior em primeiro lugar o Malawi, Botswana em segundo e a Zâmbia em terceiro lugar.


UM DOS FUNDADORES DA ORGANIZAÇÃO

SADC homenageia Seretse Khama

A 43ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC, realizada ontem, em Luanda, foi marcada pela homenagem, em memória, a Seretse Khama, primeiro Presidente do Botswana e um dos nove fundadores da organização regional.

Seretse Khama foi homegeado com uma medalha de honra entregue ao filho, tenente-general Ian Khama, que foi também, Chefe de Estado e deixou a presidência do Botswana em 2018.

Ian Khama recebeu a medalha das mãos do Presidente da Namíbia e posou para a posteridade com todos os Chefes de Estado presentes na Cimeira de Luanda.

Seretse Khama foi rei da Bechuanalândia e, mais tarde, o primeiro Presidente do Botswana, cargo que ocupou desde a independência do país, por ele conquistada em 1966, até sua morte, a 13 de Julho de 1980.

Ainda ontem, foram também distinguidos os vencedores regionais do concurso de redacção das escolas secundárias e do concurso de ensaios das instituições do ensino superior da SADC, edição de 2023.

Prestigiaram o acto de encerramento da Cimeira da SADC a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, Primeiras-Damas de alguns Estados-membros da região, líderes políticos e religiosos, além de diplomatas acreditados em Angola

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